Cremar ou enterrar: qual é a opção mais indicada?

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Quando se perde uma pessoa querida, além de lidar com o impacto da situação, é preciso pensar em muitos aspectos práticos que geram dúvidas. O principal deles é sobre cremar ou enterrar, pois essa escolha define quais cuidados são necessários ao corpo e como serão as homenagens finais.

Além do desejo expresso da pessoa que faleceu e das preferências da família, existem outros fatores que interferem na escolha, como a situação do óbito. Questões médicas, como mortes em decorrência da Covid-19 ou durante a fase de pandemia, podem exigir procedimentos específicos que precisam ser respeitados.

Por esses motivos, é importante refletir a respeito. A melhor forma de fazer isso é obtendo informações sobre os dois procedimentos. Continue a leitura e tire suas dúvidas.

Considere qual era a vontade do ente querido

O primeiro ponto a ser considerado no momento da escolha é qual era o desejo do falecido. Muitas pessoas conversam sobre o assunto com a família e expressam em vida a sua vontade para quando se forem. Se isso acontecer, caso esteja dentro das condições necessárias, é importante respeitar a decisão que foi manifestada.

Muitos fatores podem influenciar nesse momento, como a religião, as tradições familiares e as crenças individuais, entre outros. Sendo assim, é fundamental que se pense com cuidado sobre o assunto e converse com as pessoas próximas para que seja possível chegar a um consenso.

Uma possibilidade é registrar o próprio desejo em cartório, a fim de produzir validade jurídica. Ainda assim, quando acontece o falecimento, é de responsabilidade do familiar mais próximo a autorização para a cremação ou o enterro, portanto se torna essencial que haja cumplicidade e respeito.

Compreenda como funcionam os procedimentos

Para fazer a melhor escolha e se despedir da maneira mais confortável e digna, é preciso entender quais são as diferenças entre os procedimentos. Isso permite tomar uma decisão mais consciente, para trabalhar o luto de forma saudável e tranquila. Entenda um pouco mais sobre como cada um dos procedimentos funciona.

Enterro e sepultamento

Os procedimentos mais comuns são o enterro e o sepultamento. O primeiro consiste em manter o corpo no solo, em um caixão específico para isso. No caso de cemitérios verticais, são usados compartimentos semelhantes a gavetas.

Já para o sepultamento, o corpo é colocado em um local mais estruturado e ornamentado, chamado de sepultura. Ambas as opções requerem profissionais regulamentados e respeito aos protocolos.

Cremação

A cremação envolve a incineração do corpo, para que ele se transforme em cinzas. Isso acontece individualmente, em câmaras específicas, e dura algumas horas. Os responsáveis podem escolher se fazem ou não o velório.

O destino das cinzas também depende da escolha da família. É possível mantê-las em uma urna, nos locais próprios para elas em cemitérios, guardadas em algum lugar importante para o falecido ou aspergidas. Além disso, é viável deixar a urna em uma sepultura.

Analise os custos

Além de avaliar a preferência do falecido e o conforto da família, é importante considerar os custos de cada procedimento. Isso porque, quando acontece um falecimento na família, surgem muitos gastos, o que exige uma análise dos custos para decidir entre cremar ou enterrar.

Uma forma de não ter problemas com isso é contar com o plano funerário familiar, que permite o planejamento antecipado e um pagamento mais diluído, em pequenas parcelas. Essa opção também oferece a possibilidade de a família refletir sobre como fazer a despedida.

O valor de cada um depende do local onde o procedimento será feito, da urna ou do caixão escolhido, entre outros fatores. Mas de forma geral a cremação sai mais em conta, além de ser um investimento único, enquanto o sepultamento exige manutenções.

Verifique as normas de acordo com a situação em que ocorreu o falecimento

Nem sempre a família pode escolher a forma como fará a despedida. Em alguns casos, as condições nas quais aconteceu o falecimento impedem a cremação, o que exige que a família realize o enterro ou o sepultamento.

É possível optar pela cremação quando há atestado de óbito natural, com causa conhecida. Nas situações de morte violenta, a cremação só pode ser feita mediante uma autorização judicial.

Algumas questões médicas também podem se impor, como o caso dos óbitos que acontecem em decorrência da Covid-19 ou que tenham suspeita da doença. Uma situação atípica como essa pode alterar provisoriamente os protocolos e exigir um tratamento específico.

Avalie qual é a opção mais confortável para a família

Depois de entender os aspectos que diferenciam a cremação e o enterro, é preciso ponderar sobre qual é mais interessante para a família. Nesse sentido, muitos fatores podem influenciar, a exemplo das crenças religiosas.

Enquanto para credos como o budismo e o hinduísmo a cremação é o procedimento padrão, no catolicismo a prática só foi aceita a partir de 1964, com algumas ressalvas. Atualmente alguns templos religiosos já realizam cerimônias para que sejam feitas as orações e homenagens a pessoas que foram cremadas.

Outra ponderação importante a respeito da decisão é a questão ecológica. Ambas as escolhas contam com normas sanitárias e éticas para garantir um tratamento digno a quem faleceu e à família, além de minimizar os impactos ambientais.

Dessa forma, na cremação há equipamentos específicos para reduzir os gases que são liberados ao ambiente, mas ainda não se tem uma tecnologia para anular o problema. Similarmente, o enterro segue um protocolo para reduzir os riscos de contaminação ao solo e às pessoas, apesar de ainda existirem em pequena proporção.

Assim, escolher cremar ou enterrar um ente querido é algo delicado e que precisa ser pensado com muita cautela e diálogo entre os membros da família, de maneira a não tornar a despedida ainda mais difícil. Como vimos, um plano funerário pode ajudar a evitar transtornos quando o falecimento acontece e pode trazer mais tranquilidade nesse momento.

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