Saiba como enfrentar o luto em família

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O falecimento de um ente querido é um acontecimento que abala todos os familiares, mas cada um de uma forma diferente. Apesar dessas maneiras distintas de enfrentar a perda e a dor, viver o luto em família é necessário para que uma pessoa possa ser suporte para a outra.

Além disso, é importante saber que, apesar da partida de um familiar, outros ficaram, e a vida deve seguir adiante, pelo bem de todos. Ao lado daquelas pessoas que o apoiam e o amam de forma incondicional, pode ser mais fácil aceitar a morte e superar esse momento tão difícil.

Neste texto, vamos abordar a importância de viver o luto em família, como fazer isso respeitando os sentimentos de cada um e também os desafios que podem surgir ao longo desse processo. Acompanhe!

A importância de vivenciar o luto

O primeiro passo para que a dor maior desse momento seja abrandada é aceitar a importância do luto. Quando um familiar ou um amigo muito querido falece, é natural e recomendável viver essa dor, independentemente da intensidade e da forma de expressá-la.

Quanto mais uma pessoa respeita esse seu momento de luto, mais chances ela terá de ter um processo saudável e retornar à vida, imprimindo um novo significado à ela.

Saiba que é permitido a você chorar, se entristecer e até mesmo se revoltar. Essas manifestações são normais no luto e ajudam a pessoa a internalizar o que aconteceu, compreender, aceitar e, enfim, seguir adiante.

As necessidades dos familiares nesse momento

Quando uma pessoa morre, vários são os amigos, colegas de trabalho e conhecidos que sentem essa perda e vão até o velório e o sepultamento para prestar as últimas homenagens.

Os familiares da pessoa falecida certamente são amparados, recebendo todo o apoio e carinho, mas também têm um tipo de suporte entre si. Como dissemos, quando um membro da família falece, os que ficaram podem atuar ajudando uns aos outros nesse momento de diversas formas.

É claro que todos estão sentindo a dor da perda, mas ver que os seus outros entes queridos precisam da sua ajuda acaba despertando uma força dentro de cada um. É como se cada pessoa fosse um pilar, mantendo-se firme para que a estrutura de todos não desabe.

Além disso, os membros da familia que estavam ali, no dia a dia, compartilhavam de momentos de rotina e intimidade com o falecido, hábitos cotidianos, brigas e brincadeiras que faziam parte daquele núcleo familiar — e agora se vêem sem essa troca.

Os principais desafios e como superar o luto em família

O momento do luto, em si, já é bastante difícil para cada pessoa de forma individual, já que cada um precisa lidar com os seus próprios sentimentos. Mas também existem alguns desafios que precisam ser enfrentados ao lado da família. Confira!

Os familiares que não conversam tão abertamente sobre o assunto

Por diversos motivos, há pessoas enlutadas que não querem conversar sobre a morte ou nem mesmo sobre o familiar que acabou de falecer. Esse pode ser apenas um momento do processo de luto, como também uma característica dessa pessoa ou, até mesmo, uma fuga ou um sentimento de mágoa — que pode existir caso a relação com a pessoa falecida não estivesse tão bem.

Não ter esse tipo de conversa pode dificultar o cotidiano dos familiares, especialmente se alguns querem falar e outros não.

Além disso, também é preciso ter cuidado com a forma de conversar sobre a morte com as crianças: não é possível simplesmente ignorar o fato de que aquela pessoa “sumiu” ou contar histórias que podem acabar causando alterações de comportamento, como “a vovó foi dormir para sempre”, fazendo com que criança não queira dormir mais, por exemplo.

A organização dos pertences do falecido

Quando as homenagens acabam e as pessoas voltam para suas casas, aquelas que moravam com o falecido se veem rodeadas por objetos cheios de significados afetivos. Mais uma vez, veja a importância de conversar sobre o assunto, na medida em que existem pontos práticos a serem resolvidos.

É natural que os familiares mais próximos queiram ficar com algum objeto de valor sentimental ou que outros não queiram nem sequer entrar no quarto da pessoa que faleceu. Pense que pode ser importante respeitar e atender esses desejos na medida do possível.

Também não é preciso se desfazer das coisas instantaneamente. Em vez disso, considere esperar até o momento em que você (e a família) estiverem prontos e esse desapego for menos doloroso.

Assim que for possível se desfazer das coisas, lembre-se de que há asilos, casas que acolhem pessoas em situação de rua e campanhas de arrecadação que encaminham roupas para quem precisa.

A partilha dos bens

Outro tema que necessita do máximo de união familiar é a partilha dos bens. Se não existe um testamento, é essencial manter o bom senso e o carinho para que a perda de uma pessoa querida não seja ainda mais dolorosa, causando discórdia entre aqueles que ficaram.

Trata-se de mais um momento em que a conversa aberta e a união são primordiais. Vale lembrar que no início do luto as emoções estão mais exacerbadas e confusas, portanto, esperem o quanto puderem, considerando os prazos estabelecidos para o inventário, para apenas depois, com o coração mais calmo, seguirem para a resolução de assuntos mais burocráticos.

Perder uma pessoa querida e muito próxima é um momento de muita dor e desafios, mas que pode ser enfrentado de forma mais tênue com o luto em família. Essa é, inclusive, uma oportunidade de unir a família, para que uns possam ajudar os outros e todos possam superar isso juntos.

Certamente, esse é um sentimento que os familiares vão compartilhar por toda a vida, ainda que, depois de muitos anos, eles sejam unidos pelo sentimento de saudade.

Esperamos ter ajudado você e sua família com o nosso texto. Se quiser receber mais conteúdos como este, relacionados à vida e também aos desafios da morte, assine a nossa newsletter!

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