A perda de um parente querido pode causar não só muita dor e sofrimento, mas também uma série de problemas para o dia a dia, mudando rotinas e a estrutura familiar. Por isso, o planejamento familiar é fundamental para ter medidas de proteção que minimizem danos patrimoniais e psicológicos para todos, ainda mais em um momento tão delicado como o luto.
Infelizmente, quando o familiar que falece era um dos principais provedores financeiros da residência, isso pode fazer com que muitas pessoas entrem em desespero nesse momento para conseguir retomar um planejamento familiar que proteja a todos.
Pensando nisso, neste post, trazemos as principais dicas de como lidar com essa situação para que você possa tirar suas dúvidas. Continue a leitura e confira!
Negocie dívidas
Um dos primeiros pontos é negociar eventuais dívidas que você e outros familiares tenham no momento. Isso vale, principalmente, se algumas das partes tem algum tipo de dívida com juros altíssimos (como cheque especial e cartão de crédito).
Isso porque, até que todos consigam se reestabelecer em uma nova dinâmica, essa dívida pode gerar um efeito dominó. Com isso, todos podem sofrer com as finanças se complicando. Assim sendo, um dos primeiros passos é buscar as instituições com as quais existe algum tipo de dívida e, assim, encontrar formas mais confortáveis de honrá-la e evitar problemas futuros.
Controle os gastos
No momento de luto, uma das tendências de algumas pessoas é aumentar os gastos como uma maneira de amenizar a dor, agradando a si mesmo. Por mais tentador que isso possa parecer em uma situação de fragilidade, é melhor segurar.
Também se havia planos para maiores investimentos (por exemplo, a compra de um imóvel), convém esperar. Isso porque pode ser um momento de readaptação de finanças e talvez não seja o melhor timing. Por exemplo, você pode precisar utilizar parte desse valor para arcar com despesas como entrada no inventário, resolver pendências do ente falecido, organizar as finanças da família, entre outros pontos.
Divida a responsabilidade com outros familiares
Nesse momento, o ideal é a união. Afinal, se a pessoa era o principal provedor da família, sabemos que as responsabilidades recaindo apenas para uma pessoa pode trazer problemas financeiros graves. Imagine, por exemplo, em uma casa com um casal e uma criança pequena, que o principal provedor faleça. Caberá a outra parte, que pode não trabalhar ou não receber o suficiente para seguir com as contas sem auxílio até que tudo fique estabelecido, tocar o planejamento familiar.
Esse é um momento delicado e, por mais difícil que possa ser, tente buscar auxílio dos familiares próximos do ente falecido (pais, irmãos, entre outros). Toda ajuda nesse momento e divisão de responsabilidades pode trazer um maior conforto e não dificultar ainda mais a superação do luto.
O mesmo vale também para a abertura do inventário, que tende a ser um processo custoso e que, quando fica na responsabilidade de uma única pessoa, pode ser muito pesado. Por isso, todos os envolvidos precisam dividir as responsabilidades nesse momento, já que também são interessados no processo.
Mude hábitos
Esse é o momento de fazer algumas mudanças em prol da saúde financeira da família. Se, por exemplo, vocês não tinham o hábito de fazer o controle do orçamento familiar, essa é uma ótima oportunidade. Sentem-se, anotem todas as despesas (fixas e variáveis) e ganhos e articulem essa nova organização financeira.
Se você também não tinha por hábito guardar valores que sobrassem no final do mês, pode ser importante mudar essa questão, para que possa ter uma fonte de emergência em caso de problemas. Mesmo que isso seja transitório, é relevante mudar para um perfil mais cauteloso visando evitar complicações futuras para você e demais familiares.
Corte despesas
Algumas pequenas despesas supérfluas podem complicar suas finanças nesse momento, então pode ser interessante cortá-las temporariamente. Por exemplo, se você tem diversos serviços de streaming, pode focar em manter o que mais gosta (cortar tudo também pode ser desconfortável nesse momento de recuperação do luto) e reduzir os gastos com os demais.
Nesse ponto, o importante é equilíbrio: nem tanto nem tão pouco, na medida em que tirar tudo que é importante pode trazer um forte desconforto para sua saúde mental. Afinal, você também precisa manter pontos que representam cuidados consigo mesmo em um momento tão difícil.
Tenha uma reserva de emergência
Até que todos os pontos se ajustem, é preciso dar tempo ao tempo, não é mesmo? E mesmo com todos os ajustes que já listamos, ainda assim os gastos podem ficar acima do que você esperava. Por isso, já ter de antemão um fundo de emergência é fundamental para esses momentos inesperados.
A função do fundo de emergência é justamente essa: ser um apoio para contar caso os gastos fiquem além do orçamento de determinado mês. Contudo, lembre-se: como o próprio nome diz, ele é um fundo para emergências. Não é para buscar suporte nele todo mês, uma vez que isso pode ser indício de descontrole financeiro.
Para montar essa reserva, você pode começar hoje mesmo (antes de uma emergência). Separe um percentual todo mês do seu salário e reserve em um local no qual você possa fazer a retirada no momento em que precisar (ou seja, investimentos de liquidez diária). Esqueça que esse dinheiro existe e só conte com ele em casos realmente emergenciais. E, posteriormente, programe-se para repô-lo nos próximos meses, dentro do possível, claro.
O planejamento familiar financeiro é fundamental no momento de uma perda, principalmente se ela acontece de forma repentina e, portanto, ninguém está devidamente preparado para isso. Lembre-se de manter o equilíbrio, especialmente para que você possa manter, também, os cuidados com sua saúde mental.
Afinal, para cuidar bem da sua família durante esse luto coletivo, é crucial estar bem nesse momento. E uma forma de prevenção é você se antecipar e realizar esses cuidados para seus familiares. As consequências de não realizar um planejamento prévio são as complicações financeiras para quem você ama após sua partida.
Por isso, antecipe-se e proteja quem você ama. Algumas soluções pertinentes são o seguro de vida e o plano funerário. Eles permitem minimizar gastos e dar maior suporte para que os familiares possam se adaptar ao novo cenário sem se endividarem.
Você tem alguma dúvida sobre o assunto ou dica para que outras pessoas também possam evitar problemas nesse momento? Deixe nos comentários!