Saiba como são as cerimônias de sepultamento de 8 religiões
A cerimônia de sepultamento é, tradicionalmente, a última etapa dos ritos que nos permitem dar adeus a quem se foi. Embora esse seja um momento muito doloroso, é uma etapa importante para internalizar a ideia da ausência daquele ente querido, o que faz parte do processo do luto.
Essa cerimônia tem suas particularidades a depender da religião da pessoa falecida e de sua família, e é importante que seja adequada a essas crenças e princípios. Cada religião tem seus costumes, itens, preces e outros elementos que devem fazer parte do ritual fúnebre, e isso é importante para garantir o respeito à pessoa homenageada e o àqueles que a amavam.
Neste artigo, você vai entender como diferentes religiões realizam o sepultamento daqueles que partem. Acompanhe para saber mais.
Entenda a cerimônia de sepultamento segundo 8 religiões
A morte é um processo natural da vida, porém, é importante encontrar maneiras de suavizar esse momento. E os ritos fúnebres são uma oportunidade de nos despedirmos daquela pessoa, homenageá-la e dar espaço para a dor.
Há quem diga, até, que eles são algo mais voltado para os vivos que lá estão do que para quem morreu, pois temos uma necessidade natural de fazer uma despedida. Não é à toa que cerimônias e rituais pós-morte existem desde a antiguidade e se fazem presentes nas mais diversas sociedades.
Embora a necessidade do adeus seja algo comum a tantas culturas e religiões, os procedimentos e demais elementos que fazem parte disso variam muito. Em relação a aspectos religiosos, é de suma importância que as crenças da pessoa falecida sejam o principal elemento norteador dos ritos fúnebres.
Comumente, essas crenças são partilhadas com a família (ou boa parte dela). Se esse não for o caso, é importante chegar a um consenso que deixe as pessoas confortáveis na medida do possível, mas garantindo o respeito à fé da pessoa homenageada.
Entenda, a seguir, as particularidades do velório e da cerimônia de sepultamento segundo as religiões mais conhecidas e praticadas em nossa sociedade.
1. Catolicismo
O catolicismo é uma religião milenar, que, segundo seus adeptos, foi deixada pelo próprio Jesus Cristo aos apóstolos, para que dessem seguimento aos seus ensinamentos. A principal e primeira vertente é a Igreja Católica Apostólica Romana, nome que se justifica pelo evento citado.
O velório e a cerimônia de sepultamento de uma pessoa católica contam com diversos elementos de grande significado para os fiéis, usados há centenas de anos. O cerimonial acontece geralmente no final do velório, antes do sepultamento em si.
Em alguns casos, há a presença de um sacerdote para conduzir as orações das pessoas ali presentes. Rezar o terço é uma forma de contemplar a vida de Jesus e de pedir a sua misericórdia e a intercessão de Maria pela alma da pessoa falecida.
Após o sepultamento, há a prática de rezar o terço com a alma da pessoa falecida nas intenções, por 7 dias. Ao sétimo dia, é realizada uma Santa Missa pela alma dessa pessoa, como forma de dar-lhe paz. Essa é, também, uma oportunidade de as pessoas enlutadas confortarem-se mutuamente e sentirem-se fortalecidas.
Celebração das Exéquias
É muito comum, na religião católica, celebrar as Exéquias nas cerimônias de sepultamento. A palavra vem do latim exsequi, que significa “seguir”. Elas podem ser celebradas por um padre ou um leigo que saiba conduzir o rito.
A prática é fundamentada em uma passagem bíblica do Novo Testamento (2 Coríntios 5, 8), que afirma que o cristão que morre em Jesus Cristo “abandona este corpo para ir morar junto ao Senhor”. As Exéquias são feitas por meio de alguns passos bem significativos e de profunda oração.
Nesse momento, é comum fazer um comentário sobre a morte e reforçar a ideia de que Deus é misericordioso e consolador. Além disso, é normal que algumas passagens bíblicas sejam lidas, outras operações sejam feitas e o rito se encerre.
Mesmo que as Exéquias não sejam celebradas, no geral, durante a cerimônia de sepultamento, a Bíblia está presente, e comumente é feita a leitura de uma passagem do Livro de Gênesis (3,19), que diz: “comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de que foste tirado; porque és pó, e ao pó te hás de tornar”. A leitura é seguida por uma reflexão.
Podem, ainda, ser escolhidas outras leituras que sejam condizentes com o momento. Além disso, são entoados cantos de louvor e, também, cantos reconfortantes.
Durante todo o evento, é importante que velas permaneçam acesas, pois simbolizam o Cristo ressuscitado — “luz do mundo” (João 8,12). Também representam a presença do Espírito Santo, que se manifesta por meio do fogo (Êxodo 3,4). Já a presença de coroa de flores, que tem formato circular, significa que o ciclo da vida espiritual permanece até chegar na vida eterna.
2. Protestantismo
A crença geral dos protestantes é de, que após a morte, as pessoas podem ser direcionadas para o céu ou para o inferno, em decorrência da fé demonstrada e vivida em obediência à Palavra de Deus. Para algumas denominações protestantes, após o falecimento, a pessoa fica em um sono profundo, esperando a volta de Jesus Cristo para fazer o julgamento final.
Durante o velório protestante, não é comum o uso de velas, e não se tem o hábito de suplicar pela alma da pessoa falecida. Há o entendimento de que a oportunidade de alcançar a salvação acontece ainda em vida — ou seja, após a morte, nada pode ser modificado. Pode-se, no entanto, pedir a Deus que conforte as pessoas que estão vivenciando aquela perda.
Assim como em muitas outras tradições, é bem-vinda a ornamentação com flores. O velório costuma ocorrer na casa da pessoa que faleceu, na igreja ou no cemitério.
Na oportunidade, um pastor faz-se presente para realizar a Liturgia para culto fúnebre. No caso de ausência do pastor, qualquer fiel que tenha habilidade para realizar o rito pode executá-lo, com a participação daqueles presentes. Nesse momento, são feitas leituras bíblicas e reflexões pertinentes ao contexto.
Assim como nos funerais católicos, são entoados cantos e louvores de gratidão a Deus pela vida do falecido. Depois de todo o ritual funerário, o corpo é direcionado ao cemitério em que o sepultamento acontecerá, acompanhado pelas pessoas que desejam se despedir.
3. Candomblé
O candomblé do Brasil é uma religião de matriz africana resultante de adaptações ao longo do tempo, de acordo com a cultura local. A religião tem a concepção de que a morte não é um fim. Ela é considerada um ciclo contínuo, e, mesmo que o corpo passe pelo estado de morte, o espírito continua.
Quando acontece o falecimento de um candomblecista, realiza-se o axexê. Na casa do pai ou da mãe de santo, responsável pelo terreiro, o corpo do membro do candomblé passa por uma preparação com o objetivo de garantir a libertação do espírito. Só então, o velório é iniciado, acompanhado de cantos.
Os cânticos têm a função de chamar os ancestrais para se fazerem presentes e receber o novo espírito, chamado de Egum. Após a acolhida do Egum, o Ará (corpo) fica liberado para o sepultamento. Depois de um ano de falecimento, o candomblé realiza uma nova cerimônia, o que acontece, também, no terceiro e no sétimo ano de falecimento.
4. Espiritismo
Pessoas da religião espírita não creem que a morte exista — esse fim é meramente material. Eles acreditam que o corpo físico é apenas um elemento que funciona como um receptáculo, e o espírito tem a propriedade de reencarnar.
Os ritos funerários são executados como os de muitas religiões: os corpos são velados e sepultados igualmente. Porém, é muito comum que os praticantes dessa religião evitem atitudes de desespero ou choro durante o velório, reforçando a importância desse espaço ser um momento de paz e tranquilidade.
O motivo, segundo a crença, é que quando isso ocorre, o espírito da pessoa continua presente, em vez de seguir o seu caminho em busca de uma nova reencarnação, a fim de se aprimorar e evoluir quantas vezes forem necessárias até merecer o céu.
O sepultamento da pessoa pode ser feito no mesmo dia ou em 24 horas. Porém, caso a família decida pela cremação do corpo, é necessário que haja uma espera de 72 horas. Isso porque o espiritismo entende que o corpo precisa desse tempo para deixar totalmente a matéria.
5. Budismo
No budismo, as celebrações de sepultamento são inspiradas nos membros da família da pessoa falecida. Suas ações têm como prioridade conseguir a felicidade extrema, que é o mesmo estado de iluminação alcançado por Buda.
A religião orienta seus adeptos para que se esforcem quanto ao treinamento da mente para conduzi-la à tranquilidade no que se refere à morte. É por meio dessas ações que torna-se possível ter uma boa reencarnação.
A religião budista afirma que todo o percurso, desde o nascimento até a morte, precisa ser vivido e marcado por uma paz intensa. De acordo com a crença budista, as pessoas que morrem entram em um profundo sono, sonham e, com o tempo, despertam.
Em atendimento às regras religiosas budistas, os ritos funerários são permeados de atitudes que refletem equilíbrio. A família da pessoa que faleceu recebe total amparo para manter o equilíbrio mesmo em um momento tão difícil. Não existem restrições, mas sim ensinamentos para manter a calma e, assim, conseguir lidar de forma mais equilibrada com o intuito de ajudar quem partiu a descansar em paz. Por isso, os ritos de sepultamento no budismo têm o propósito de celebrar a vida.
6. Judaísmo
Os judeus reconhecem a morte como um processo natural, que faz parte da passagem que leva ao plano divino. Nos ritos fúnebres do judaísmo, os corpos são preparados para essa passagem, e o preparo é feito por uma pessoa especializada da comunidade.
Toda a roupa da pessoa é retirada; em seguida, o corpo é totalmente lavado, como forma de voltar a uma pureza semelhante àquela com que chegou ao mundo. O passo seguinte é vestir uma túnica branca para o velório. Antes, os membros da família rasgam suas vestes como sinal de luto.
Os familiares participam do momento do ritual de purificação, e a comunidade oferece sua solidariedade à família. Na religião judaica, um dos ensinamentos mais importantes é a sepultação mais rápida possível, normalmente acontecendo no mesmo dia do falecimento. O motivo para isso é simples: os judeus acreditam que a alma só vai descansar após o sepultamento.
7. Islamismo
Na cultura religiosa do islamismo, o velório de uma pessoa deve ser ser feito de maneira comedida, ou seja, é considerado sensato as pessoas não chorarem compulsivamente, em respeito à pessoa que está sendo velada. Essa atitude está em conformidade com a fala do profeta Muhammad ao relatar que, quando uma pessoa sofre por um morto, este lamenta.
Por isso, a crença conscientiza seus fiéis de que a morte não pode ser evitada nem modificada. Portanto, cabe aos vivos entender que é a vontade de Deus e, então, aceitá-la e comportar-se com dignidade naquela ocasião.
Antes do velório, o corpo é preparado por meio de três banhos, para retirar as impurezas. Isso é feito pelos próprios membros da família, do mesmo sexo, mas é permitida a participação do cônjuge. Em seguida, enrola-se o corpo em um pano branco, que encobre todo o rosto.
O sepultamento dos islâmicos é feito em contato direto com a terra — o que separa a matéria da terra é apenas o tecido. Segundo as leis religiosas, o sepultamento deve ocorrer o mais rápido possível.
8. Hinduísmo
De acordo com o hinduísmo, o corpo é formado por cinco elementos:
- fogo;
- água;
- éter;
- ar;
- e terra.
Segundo a religião, a morte ocorre quando qualquer um desses componentes se apaga. Após o ocorrido, o Deus do fogo, Agni, aparece para realizar a purificação do corpo e libertar a alma para continuar o seu caminho.
Antes da cremação, o corpo passa por preparativos que duram, aproximadamente, duas horas. Com o uso de muitos baldes com água, o corpo passa por um processo intenso de lavagem, acompanhado de pós coloridos.
Na cultura hindu, após o falecimento, o corpo não deve ser sepultado, e sim cremado. Caso contrário, o espírito tem a possibilidade de reencarnar, fato considerado negativo para a religião. Na hora da cremação, é o filho primogênito do falecido que acende a pira aberta, local onde acontece a cremação do corpo. Depois da incineração, os restos mortais são lançados na água.
Durante a cerimônia fúnebre, os hinduístas têm o costume de colocar pétalas de flores no corpo — especialmente jasmim, margaridas e rosas — e rodeá-lo três vezes. Isso porque o três é um número sagrado na religião, pois simboliza as divindades Shiva, Vishnu e Brahma. Por isso, dar três voltas é algo simbólico, que quer dizer que a pessoa completou o seu ciclo de vida.
Confira como planejar uma cerimônia de sepultamento
Após organizar o cerimonial e cuidar dos trâmites burocráticos e demais detalhes, chega o momento do velório. Essa etapa acontece nas horas anteriores ao encaminhamento do caixão e do corpo da pessoa falecida para o local do sepultamento.
A cerimônia de sepultamento pode ser realizada:
- ainda durante o velório;
- junto ao local do sepultamento (antes da concretização dessa etapa e após a locomoção até lá);
- ou após a cremação, caso o sepultamento das cinzas seja seja escolhido.
O planejamento da cerimônia deve ser alicerçado nos desejos e crenças da pessoa falecida e de seus familiares. É importante garantir total respeito a esses aspectos e os ritos e regras pertinentes à religião e aos valores desses indivíduos.
A escolha da funerária que vai auxiliar em todo o processo é um dos principais diferenciais para garantir um velório e um sepultamento que confortem as pessoas presentes e garantam o respeito aos princípios e preferências da pessoa homenageada. É fundamental que a empresa tenha uma boa base de conhecimentos sobre os ritos funerários recomendados por cada religião e siga todas as orientações da família.
É indispensável, ainda, que a funerária busque compreender quais eram os desejos da pessoa falecida. Em muitos casos, as pessoas manifestam esses desejos em conversas cotidianas ao longo da vida ou especificamente perto do fim dela, quando o falecimento decorre de um processo de adoecimento. Tudo isso pode ser conhecido pela funerária por meio de conversas com pessoas que conviveram com quem partiu.
A empresa precisa se unir à família e levar em consideração:
- as regras dos ritos fúnebres da religião;
- o tempo de velamento;
- os elementos que são permitidos ou não;
- os objetos que serão usados;
- as pessoas que devem participar;
- quem direcionará a homenagem e os ritos religiosos;
- quais homenagens podem ser feitas (músicas, instrumentos, discurso, chuva de pétalas etc.).
Saiba como o Primaveras executa homenagens nas cerimônias de sepultamento
O Grupo Primaveras é uma instituição funerária que está há 50 anos no mercado e uma das melhores do Brasil. É uma das mais solicitadas para dar total suporte no momento em que acontece o óbito de qualquer membro de uma família em Guarulhos (São Paulo). Já recebeu prêmios nacionais e internacionais pelos serviços e atendimentos prestados à sociedade, mas segue com o objetivo de melhorar cada vez mais.
Um dos pontos que levou o grupo a tamanho reconhecimento é o tratamento humanizado e bem diversificado, que conta com ações inovadoras e profissionais treinados em psicologia do luto.
Cerimônia de sepultamento durante o velório
A cerimônia de sepultamento pode ser realizada durante o velório, ocasião na qual o Grupo Primaveras oferece um serviço de acolhimento aos cinco sentidos — visão, audição, olfato, tato e paladar. O momento exato dessa etapa religiosa pode ser definido pela família juntamente com a funerária, mas, comumente, ela funciona como um fechamento do velório antes que se possa seguir para a etapa do sepultamento.
Sepultamento de cinzas
A cremação é a escolha de muitas pessoas ainda em vida para o destino da própria matéria após sua partida. É importante se atentar tanto às regras da legislação como às recomendações religiosas — por exemplo, se os ritos vão acontecer de acordo com o espiritismo, há um intervalo mínimo de tempo entre o óbito e a cremação a ser respeitado.
No crematório do Primaveras, há a opção de fazer uma cerimônia após essa etapa. Além de sua estrutura com recursos e serviços únicos, a empresa conta, ainda, com uma dinâmica cerimonial especial para fazer a entrega das cinzas aos seus familiares.
O grupo conta, agora, com um espaço inovador e que inspira serenidade para guardar as cinzas e prestar homenagens: a Praça da Guarda. Ao ar livre, esse é um local propício para cerimônias, ritos e momentos de contemplação repletos de paz.
Seja qual for o momento escolhido para ritos religiosos, o Primaveras possibilita fazer homenagens personalizadas ao ente querido. Há uma ampla diversidade de flores para escolher, além de possibilidades como a presença de um violinista no velório.
É importante que a cerimônia de sepultamento aconteça sempre de forma humanizada e organizada, bem como de acordo com a fé e os valores da pessoa homenageada. Nesse sentido, ajuda muito contar com uma empresa especializada e preocupada com essas questões, para dividir as responsabilidades com a família e permitir que ela se concentre na despedida e em homenagear seu ente querido.
Esperamos que este conteúdo tenha sido esclarecedor e útil. Se você tem interesse em conhecer as opções que o Primaveras oferece, entre em contato conosco — estamos prontos para acolher você.
——
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Pellentesque eget ornare lorem. Cras tempor, odio ac maximus convallis, erat mauris sagittis ipsum, quis ultricies est nibh id metus. Nulla facilisi. Cras sagittis libero eu porttitor consequat. Phasellus lectus nisi, imperdiet non rhoncus sed, vulputate sed risus. Nunc sit amet commodo eros. Fusce leo est, sodales eu justo id, pulvinar mollis turpis. In ac condimentum ante. Nulla sit amet dolor sit amet magna facilisis elementum. Praesent at justo ante. Aliquam bibendum dapibus dolor a imperdiet. Fusce erat ipsum, viverra vitae arcu vel, faucibus lacinia mauris. Aenean eu orci eget metus dictum feugiat quis ac erat. Nam purus ex, blandit quis justo a, laoreet placerat mauris.
Gostei muito obrigado
🥰