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Como ajudar uma pessoa em luto: confira 6 dicas

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A iminência da morte nos coloca diante da nossa condição de finitude e, por conta disso, muitas vezes não sabemos como lidar com a situação da perda nem mesmo como ajudar uma pessoa em luto. Isso porque ainda é comum pensar que vamos gerar mais sofrimento desnecessário a essa pessoa quando falamos sobre o que aconteceu ou quando permitimos que o enlutado se expresse, chore ou até mesmo se entristeça.

Porém, na realidade, o processo de elaboração do luto funciona de maneira totalmente oposta, ou seja, conversar sobre quem faleceu, sobre como era essa pessoa em vida e sobre tudo o que está relacionado à sua partida ajuda a compreender melhor as emoções que surgem nesse momento.

O término da vida e o que vem depois de nossa existência são mistérios que povoam a mente do ser humano desde os primórdios da humanidade e essas incógnitas se transformaram em dilemas existenciais para muitas pessoas, que a cada dia desenvolvem mais e mais angústias perante o fim.

Além da inquietação acerca dos enigmas da morte, a dor de perder alguém que amamos afeta diretamente nosso emocional e talvez essa seja a dor mais profunda que podemos sentir. Por ser uma ocasião tão delicada e sensível, é difícil lidar e saber como agir quando nos deparamos com alguém que esteja na situação da perda de um ente querido.

Pensando nisso, preparamos este artigo com algumas dicas valiosas de como ajudar uma pessoa que esteja passando pelo luto. Esperamos que o texto ajude você!

1. Qual a importância de ajudar uma pessoa em luto?

Identificar quando alguém que está passando por uma fase difícil, assim como o luto, tem problemas para administrar suas emoções e sentimentos nos permite criar possibilidades para auxiliar essa pessoa. Para isso, devemos estar atentos aos comportamentos do indivíduo e perceber, por exemplo, alterações repentinas em seu humor, apatia diante das situações cotidianas, isolamento prolongado dos familiares e amigos e até mesmo a forma como a pessoa verbaliza suas dificuldades.

É fato que quando ocorre o falecimento de alguém ao qual éramos conectados e que fazia parte de nossa vivência, uma sensação de perda do sentido da vida se instala em nossa mente. Essa percepção é normal e está relacionada a todo o processo do luto, porém, para algumas pessoas, a situação pode se agravar e se transformar em algo patológico, algo doentio.

Nessa perspectiva, é de extrema importância cuidar da pessoa enlutada a fim de evitar possíveis traumas irreversíveis para esse indivíduo e impedir que a pessoa seja levada a tomar atitudes drásticas e impulsivas, motivadas pelo desamparo e desespero do momento. Além disso, cuidar da pessoa enlutada previne o desenvolvimento de doenças físicas e mentais, já que é usual que transtornos psicológicos surjam associados ao luto, como veremos abaixo:

  • depressão: uma pessoa pode estar depressiva quando perde o prazer em realizar qualquer atividade na vida, se irrita com facilidade, se torna apática ou demonstra uma tristeza profunda;
  • ansiedade generalizada: é quando há uma sensação constante de que algo vai acontecer a todo momento e que não poderá ser controlado, além da preocupação em como será o futuro sem o ente que faleceu;
  • dependência química: surge nos casos em que a pessoa em luto opta por tentar se distanciar da própria realidade e tenta encontrar nas substâncias químicas alento para o sofrimento ou quando ela se sente desenganada sobre a própria vida;
  • fobias específicas: são os medos excessivos relacionados a algo, como medo de ficar doente, medo de sair ou de ficar sozinho em casa e, em caso de luto, pode surgir o medo da morte, do qual falaremos mais adiante.

O desenvolvimento de qualquer uma dessas ou de outras desordens psicológicas não é isolado e está ligado a uma série de fatores, por isso a pessoa deve ser diagnosticada por um profissional de saúde habilitado. Porém, quando os primeiros sinais de que a pessoa não está bem começam a aparecer, fazer-se presente e estar atento a eles pode ser decisivo para uma recuperação bem-sucedida. O enlutado precisa sentir que não ficou sozinho e que — por mais que pareça que não — existe uma continuação da sua existência após a partida do ente amado.

Além disso, é possível que a pessoa que está passando pelo luto se sinta um pouco perdida ou confusa com relação a eventos básicos do cotidiano — como a alimentação, por exemplo — e que precise de ajuda para resolver algumas questões burocráticas referentes ao falecimento, pois talvez não tenha motivação para essas ações. Nesses casos, pode ser muito útil oferecer auxílio, mesmo que para coisas simples, como preparar algumas refeições para a pessoa ou fazer as compras de mercado para ela.

2. Como lidar com o luto?

Cada ser humano tem a sua forma de lidar com os assuntos relacionados ao fim da vida e essa maneira de enxergar a morte é construída por meio da cultura familiar, dos aprendizados externos, de experiências ao longo da própria trajetória. Do mesmo modo, quando em luto, cada pessoa reage de um jeito específico à situação e por mais que existam algumas reações mais comuns a essa ocasião, não existe nenhuma regra de comportamento a ser seguida. Portanto, não devemos esperar nenhuma conduta específica de quem está passando pelo luto e é essencial respeitar a maneira como cada um responde à circunstância.

Além do mais, passamos por vários outros lutos na vida, não necessariamente relacionados à perda de alguém, mas sim à perda de algo, como um casamento, um trabalho de muitos anos ou até uma amizade de infância, e por isso o modo de agir ou o espaço de tempo para a resposta de cada ser humano pode ser diferente a depender do caso. Diante disso, torna-se difícil definir como ajudar uma pessoa em luto, e para tanto, é preciso pensar com sensibilidade nas possibilidades para que o auxílio seja adequado ao que realmente esse indivíduo está enfrentando.

Outro ponto a ser considerado para ajudar alguém enlutado, é que não há uma sequencia lógica de reações quando se trata desse momento — apesar de uma grande maioria das pessoas atravessar os estágios do luto de forma similar — e pode ser que as respostas físicas e emocionais que eram esperadas em uma determinada fase não aconteçam ou surjam em algum outro tempo. Vamos conhecer um pouco mais acerca dessas etapas:

  • negação: é quando a pessoa ainda não consegue aceitar a realidade da finitude e tenta negar que a partida do ente realmente aconteceu;
  • raiva: aqui o enlutado pode sentir raiva da situação, das pessoas envolvidas na morte, de si mesmo por achar que teve culpa no falecimento, de Deus por levar alguém tão querido e de muitas outras coisas;
  • negociação: mais comum em ocasiões em que o luto é por alguma condição, como o fim de um relacionamento ou a mudança drástica da personalidade de alguém por doença, por exemplo, alguém com Alzheimer. Nesses casos, o indivíduo tenta negociar com Deus e com entidades divinas para reverter os fatos;
  • depressão: nessa etapa a pessoa em luto percebe que não há mais o que possa fazer para mudar o que já aconteceu e dessa constatação costumam surgir episódios de tristeza profunda, de choro, de silenciamento e isolamento;
  • aceitação: última fase do luto, é quando ocorre a clarificação dos sentimentos, quando a pessoa começa a visualizar um futuro menos tristonho, com possibilidades para ser feliz e estar bem apesar da perda.

Quando muitas pessoas de um mesmo núcleo familiar estão sofrendo com o falecimento de um ente amado, pode ser benéfico buscar alternativas de como enfrentar o luto em família para que cada um possa se ajudar mutuamente a superar essa etapa desafiadora da existência humana. Ademais, a presença de familiares e amigos perto das pessoas enlutadas contribui para a vivência do luto saudável.

Para fazer-se presente não é necessário estar fisicamente todos os dias na casa da pessoa em luto, mas sim colocar-se de prontidão para os momentos em que sua ajuda for bem-vinda, tomando, inclusive, a iniciativa em casos em que haja uma demanda de cuidados que não possa ser suprida por quem você está tentando ajudar. Esse auxílio sempre deve ser ponderado a fim de que não seja invasivo e respeite os limites do enlutado.

Uma maneira de ajudar nessa situação é assumir tarefas do dia a dia da pessoa — pelo menos no período em que a perda ainda é muito recente —, além de se oferecer para ajudar com as questões burocráticas necessárias, auxiliar na preparação de homenagens para o ente falecido — caso a pessoa enlutada opte por fazer algo nesse sentido —, servir de companhia em rotinas diárias que exijam deslocamento, combinar atividades externas — desde que a pessoa sinta-se à vontade para tanto — e escutar com paciência e empatia tudo o que ela tem a dizer, mesmo que por vezes repita algumas histórias ou o modo como a morte aconteceu.

Se houver silêncio é importante respeitar e evitar o uso de frases clichês que não aliviam em nada o sofrimento, como: “você precisa ser forte”, “vai ficar tudo bem”, “já passou bastante tempo”, “a vida tem que seguir”, “foi melhor assim”. Porém, caso perceba que há realmente um bloqueio em verbalizar e expressar os sentimentos, tente sugerir livros, filmes ou textos que tratem do tema com delicadeza e depois incentive a pessoa a falar sobre eles iniciando uma conversa sobre o assunto. Você pode perguntar, por exemplo, se ela gostou, se achou interessante e se há algo que discorda. Preze sempre pela sinceridade ao tentar confortar a pessoa enlutada com palavras e não realize julgamentos sobre sua conduta.

Se ainda assim notar que algo está diferente, que a pessoa não está respondendo bem aos eventos cotidianos, que tem preferido ficar sozinha o tempo todo, que não tem se alimentado bem ou não tem dormido, incentive a busca por um profissional de saúde, de preferência especialista em saúde mental, que poderá indicar a melhor opção de cuidado para o momento.

Entre as possibilidades para lidar com o luto ou com as dificuldades que possam surgir no meio do processo, estão a terapia do luto e os grupos de apoio ao enlutado, que permitem que a pessoa trabalhe melhor questões que não está conseguindo superar e que podem estar afetando sua condição psicológica, além da sua qualidade de vida. O acompanhamento profissional é essencial nesses casos para que não haja um agravamento dos sintomas, o que poderia resultar em acometimentos patológicos, como a tanatofobia, sobre a qual veremos no tópico a seguir.

3. O que é tanatofobia?

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, em sua 5ª edição (DSM-5) — livro que classifica e orienta sobre as desordens psicológicas, elaborado pela Associação Americana de Psiquiatria —, são considerados sintomas de fobias específicas o medo e ansiedade com relação a algum objeto ou situação, de modo que a exposição a eles causa extremo sofrimento ao indivíduo.

A tanatofobia se enquadra nessa classificação, pois representa o medo excessivo da morte e de tudo o que está relacionado a ela. Além desses sintomas citados, a permanência de alguns outros indicativos por mais de 6 meses podem compor o quadro clínico. Sobre eles temos que:

  • a ansiedade e o medo se tornam respostas imediatas à exposição, seja verbal, real ou de forma imaginária, ao objeto e/ou situação fóbica;
  • os sintomas causam prejuízos clínicos ou sociais à pessoa, como impossibilidade de seguir com as atividades laborais ou em outras áreas;
  • as emoções são desproporcionais à situação real de risco que se apresenta.

Ainda segundo o material consultivo, o desenvolvimento de fobias é relacionado a diversos fatores e não contempla apenas uma causa única, já que a correlação de fatores genéticos (predisposição a desordens psicológicas), ambientais (a exposição a eventos ou situações traumáticas, como uma morte trágica, no caso do medo da morte) e comportamentais (a maneira como a pessoa costuma lidar com as adversidades da vida, sua cultura familiar e religiosa e seu potencial de resiliência) podem contribuir para a instalação desse tipo de condição mental.

Além disso, não são raros os casos em que existe uma associação de transtornos, como depressão, outros tipos de transtornos ansiosos, desordens relacionadas ao uso de substâncias químicas, assim como outras fobias — sendo o medo de ficar doente (hipocondria) e o medo de estar em lugares com multidões e/ou sair de casa (agorafobia) bastante comuns.

Outra condição que pode favorecer o desenvolvimento da tanatofobia é o luto patológico, estado emocional em que a pessoa não consegue vivenciar a perda de forma saudável e começa a ter prejuízos psicológicos severos com relação à morte de alguém querido.

4. Quais são os sintomas?

Os sintomas da tanatofobia são vivenciados nas esferas física, emocional e mental, de modo que o indivíduo é impactado em várias áreas de sua vida. Por ser uma psicopatologia classificada como um transtorno de ansiedade, suas manifestações estão muito relacionadas a reações dessa natureza, o que muitas vezes pode dificultar um diagnóstico acertado. Abaixo elencamos alguns indícios de que o medo da morte tornou-se excessivo:

  • No aspecto físico, os sintomas — que são próprios das síndromes de ansiedade — tendem a se manifestar quando há exposição à morte ou a situações relacionadas. Alguns são: sensação de asfixia e “aperto no peito”, taquicardia, suor demasiado e desassociado de condições climáticas, alterações na rotina alimentar e na qualidade do sono, tremedeiras e dormências de partes do corpo, dores de cabeça, desarranjos gastrointestinais, entre outros;
  • Na parte emocional, são comuns reações como fragilidade e instabilidade das emoções refletindo em rompantes de raiva, tristeza profunda, choro fácil, sensação de culpa e de desolação, necessidade de se esquivar dos fatores fóbicos ou que possam trazer um suposto risco à vida, além de reviver e falar constantemente sobre momentos trágicos e de violência, ligados a desfechos fatais;
  • No campo mental, as alterações podem ser: medo de perder o autocontrole e enlouquecer — inclusive pela dificuldade em distinguir contextos reais e imaginários em algumas ocasiões —, preocupação exagerada com questões ligadas à morte, como preocupar-se em como seus familiares irão lidar com seu falecimento, ficar perturbado com a possibilidade de sofrer um acidente ao sair na rua ou mesmo com a chance de ser contaminado por doenças infecciosas, manter-se em estado de vigília constante no intuito de evitar de todas as maneiras alguma situação que possa apresentar um risco iminente à própria existência.

Outras alterações de comportamento não relatadas aqui podem surgir em condições de saúde como essa, já que cada pessoa traz consigo características únicas e que devem ser consideradas em um diagnóstico singular feito por um profissional da área de saúde mental, como um psiquiatra e/ou psicólogo. Esse especialista vai determinar quais são as melhores estratégias para tratar do transtorno de acordo com cada caso e pode indicar desde tratamentos medicamentosos para alívio dos sintomas físicos — atribuição exclusiva, nesse caso, do psiquiatra — até processos psicoterapêuticos individuais ou grupais para cuidar das questões psicoemocionais.

5. Como identificar quando o medo da morte é excessivo?

O medo de morrer não é restrito apenas às pessoas que desenvolveram a tanatofobia. Ao contrário, esse sentimento está presente no “rol de medos” dos seres humanos, já que representa aquilo que é desconhecido, que é misterioso e traz tanta concretude a nossa finitude.

A morte ainda é um tabu para muitas pessoas e, por isso, desencadeia uma série de sensações incômodas. Por mais que seja um processo natural da vida, esse momento gera muitas inquietações que não foram apaziguadas até hoje.

Por conta disso, é difícil identificar quando esse temor passa dos limites considerados normais para as circunstâncias de morte iminente que vivemos e se torna doentio. É preciso observar atentamente a presença dos sintomas anteriormente citados, bem como a constância deles, e correlacioná-los com a existência ou não de um evento traumático ligado a um falecimento ou a algum acontecimento que coloque o tanatofóbico em pânico, como ter que deixar um filho que necessita de cuidados em tempo integral, por exemplo.

Também há grandes chances de a pessoa já estar acometida por esse transtorno quando ela começa a falar muito sobre a morte, começa a modificar seus hábitos e deixa de fazer coisas rotineiras em função de evitar o que ela julga ser situações de risco à vida. Então, há uma necessidade urgente de buscar auxílio qualificado.

6. Quais as diferenças da tanatofobia nas fases da vida?

Apesar da base das causas e sintomas ser comum a todas as faixas etárias, a tanatofobia pode ter contornos diferentes em relação à idade das pessoas, já que em cada momento de nossas vidas as reações, condições físicas, pensamentos e estrutura psíquica são diferentes.

Dessa maneira, quando expostos a eventos fóbicos relacionados à morte, crianças, adultos e idosos tanatofóbicos respondem de formas divergentes. Vamos ver alguns detalhes sobre isso na sequência:

  • crianças: o luto infantil é bem específico e se não for trabalhado, pode desencadear transtornos psicológicos, como a tanatofobia. Além do mais, a exposição da criança a violências, abusos e mortes traumáticas e a perda de pessoas muito importantes em sua vida podem contribuir para esse diagnóstico. As crianças costumam reagir em situações de ansiedade ou medo intensos com episódios de choro, agressividade ou mesmo dificuldade de separação da figura cuidadora e, nessa fobia em particular, temem muito pela vida dos entes queridos. É preciso analisar se os sintomas apresentados são típicos da faixa etária, pertinentes à um luto saudável ou se já ultrapassaram esses parâmetros;
  • adultos: aqui os sintomas já podem ser impactados pelas convicções religiosas e pelo histórico de vida e experiências de cada um, portanto, serão mais ou menos intensos de acordo com a “bagagem” da pessoa. Nessa fase, o comportamento de esquiva é mais frequente, já que a pessoa adulta tende a utilizar esse recurso quando se depara com situações desafiadoras, ou seja, o indivíduo começa a evitar cenários em que se sente vulnerável e exposto a seus medos;
  • idosos: na terceira idade, é comum que a tanatofobia esteja presente paralelamente a outras condições de saúde física e mental, como a depressão e a ansiedade generalizada. O transtorno pode afetar a qualidade de vida do idoso e propiciar o surgimento ou agravamento de processos demenciais.

Em qualquer uma das etapas da vida, a identificação precisa da tanatofobia e um plano de tratamento personalizado são imprescindíveis para a recuperação da pessoa que sofre com o transtorno. O auxílio da família e de pessoas próximas também pode favorecer uma mudança nos padrões de comportamento do tanatofóbico, já que assim ele pode encontrar outros motivadores que justifiquem enfrentar seus temores.

Neste texto sobre como ajudar uma pessoa em luto, vimos algumas alternativas especiais para auxiliar quem tanto apreciamos no momento em que a pessoa estiver enfrentando a dor da perda e também falamos sobre a tanatofobia. No intuito de colaborar com a vivência de lutos saudáveis, o Grupo Primaveras dispõe de diversas opções de apoio ao enlutado, como os grupos terapêuticos, a organização de belas homenagens aos entes queridos que se foram, além do atendimento personalizado às famílias, que podem contar com um suporte humanizado nesse momento delicado.

Se você se interessou em saber mais sobre os serviços que oferecemos às famílias e pessoas enlutadas, basta entrar em contato conosco!

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