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Adolescentes, adultos e sociedade em geral, todos querem saber: como aproveitar a adolescência, ou permitir que os jovens aproveitem, e ainda garantir que se preparem para o futuro?
Essas duas colocações na mesma frase parecem não fazer sentido, mas, acredite, não são opostas! A adolescência é uma fase empolgante e cheia de surpresas que podem contribuir para um desenvolvimento humano saudável.
Para te ajudar a entender melhor como é possível alcançar esses dois objetivos ao mesmo tempo, preparamos este post sobre o assunto. Confira na íntegra!
O que é adolescência?
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a fase da adolescência é o período entre 12 e 18 anos. Ou seja, comparado com a vida adulta, é um espaço de tempo relativamente curto, porém traz consigo mudanças importantes que serão decisivas nas próximas etapas.
Na adolescência, vivenciamos um misto de sensações. Entre querer decidir tudo sobre o nosso próprio destino e ter medo de optar por caminhos equivocados, a insegurança e as dúvidas são companheiras frequentes.
Do ponto de vista físico e hormonal, o corpo passa por uma série de alterações. Acnes, ganho ou perda de peso, alteração na voz, sentimentos à flor da pele… É tudo novo! A adaptação nem sempre é fácil, mas pode ser mais tranquila quando entendemos que é um processo natural da existência humana.
Por que é importante aproveitar essa fase?
Porque não existe nenhuma outra fase da vida tão intensa como essa. É na adolescência que começamos a entender o que queremos ser no mundo, que descobrimos do que gostamos e do que não, que conhecemos sentimentos e emoções antes impensados.
É nessa fase, também, que os planos para o futuro começam a ganhar contornos mais claros e as responsabilidades não tardam a chegar, para tornar tudo mais real. Ainda, o caráter, os valores e até mesmo a capacidade de conviver coletivamente são treinados.
Por meio das experiências, pais, avós e familiares, além dos amigos e professores, sinalizam ao adolescente o que é mais adequado para cada situação e as regras que precisam ser seguidas. Essas orientações são seguidas? Nem sempre, mas isso também faz parte do processo.
Como aproveitar a adolescência ao máximo?
A questão é: como aproveitar a adolescência ao máximo, considerando que o que acontece nessa fase pode influenciar o futuro, negativa ou positivamente? Vamos ver algumas sugestões a seguir!
Paixões e vocações
Essa é uma das maiores vantagens da adolescência: a descoberta das paixões e vocações. É o momento de escolher praticar entre dança, esporte, música, desenho… Ou escolher praticar tudo e, no final, não gostar de nada e recomeçar a busca.
É a hora de perceber, por exemplo, a preferência por comida japonesa em vez de italiana, ou de notar que não leva nenhum jeito para artesanato e trabalhos manuais. Enfim, o céu é o limite para as descobertas. Mas, atenção! As escolhas que colocam a própria saúde — física ou mental — em risco nunca são o melhor caminho, ok?
Paciência com as mudanças físicas e hormonais
Não tem jeito, elas vão vir, desejadas ou não. Então, a melhor ajuda para lidar com tudo o que está acontecendo no corpo é pesquisando em fontes seguras e contando com a experiência de pessoas confiáveis que já passaram pela situação.
Além disso, existem muitos profissionais que podem auxiliar nesse processo, como pediatras, ginecologistas, nutricionistas, psicólogos e outros. Esses especialistas, certamente, podem oferecer informações precisas sobre as mudanças da idade e acerca de como lidar com elas.
Convivência familiar
Em geral, a grande preocupação dos adultos é garantir que os arroubos da juventude não prejudiquem o futuro dos jovens. Contudo, apesar da intenção de proteger e educar, acabam afastando os adolescentes, por não saberem exatamente como ajudar. Então, que tal uma conversa para falar dos sentimentos, receios e preocupações de cada um?
A convivência familiar tem muito a acrescentar nesse período. Afinal, geralmente, é na família que estão as pessoas que mais amamos e que mais amam a gente. Independentemente do que aconteça, sempre estarão lá por você — mesmo depois que o colégio acabar.
Curtição com os amigos
Curtição não significa quebra de limites e muito menos agir por impulso na hora da empolgação, certo? Curtir com os amigos envolve apreciar a companhia deles, compartilhar as experiências que cada um está passando, ajudar um ao outro nas dificuldades e passar bons momentos.
As amizades são especiais durante toda nossa vida, mas é um desafio reconhecer aquelas que são genuínas. Quer uma sugestão? Perceba se a pessoa que você considera como um amigo quer te ver bem, se ela te incentiva na sua jornada ou se te coloca para baixo e em situações perigosas. Se for o segundo caso, é bom repensar essa relação.
Autoconhecimento e controle das emoções
Alguém pediu um turbilhão de emoções? Pois, na adolescência, mesmo sem pedir, elas aparecem intensas e aos montes! Em conjunto com as descobertas e com o universo de possibilidades pela frente, é normal aparecer raiva, inveja, amor, companheirismo, sentimento de inadequação, vontade de “sumir”.
Esse é um bom momento para o autoconhecimento. Tentar notar o que aparece com mais frequência, quais são as reações mais instantâneas e com o que é desafiador lidar, por exemplo. A meditação é um bom método para isso, além de ajudar na impulsividade e no controle das emoções.
É importante estar alerta para as alterações prolongadas de humor e que causam prejuízos e sofrimento: podem sinalizar adoecimentos mentais, como a depressão e o transtorno de ansiedade. Então, nesses casos, é preciso buscar ajuda profissional.
Tentativas, acertos e erros
Errar faz parte do desenvolvimento humano, afinal, só erra quem tenta. Durante toda nossa vida aprendemos pelas tentativas, acertos e erros. Portanto, quando qualquer pessoa se equivoca e comete erros, está se desenvolvendo de maneira saudável.
A questão é que é preciso aprender com isso e se esforçar para não repetir. Aliás, essa é a função da consequência negativa após a ação inadequada: ensinar o correto.
É bom ter em mente que todos erramos, então convém se perdoar pelas falhas momentâneas e amadurecer com isso. Esse processo é um estímulo ao amor-próprio e faz diferença ao longo da vida.
Enfrentamento dos medos
Algumas coisas parecem assustadoras na adolescência, não é mesmo? Para muitos jovens, falar em público é uma delas. Como os adolescentes ainda estão descobrindo as formas de existir, ficam inseguros em se posicionar e com medo do julgamento alheio.
Um pensamento que pode ajudar é pensar que todos temos medos e inseguranças, mesmo que em níveis e áreas diferentes. Esses sentimentos são normais, principalmente diante do novo. O que importa é criar estratégias para lidar com eles e ser resiliente perante os desafios para superá-los.
Como ajudar um adolescente a viver essa etapa da vida?
Se você não é um adolescente, mas é alguém que convive com um, certamente deve estar se perguntando como é possível ajudar nessa fase da vida, certo? Primeiro de tudo, tente lembrar da sua própria adolescência. Ela foi boa? Poderia ter sido melhor? O que você gostaria de saber na época?
Essas lembranças podem te aproximar das dificuldades que o jovem está passando. Com paciência, converse sobre o processo. Conte suas próprias experiências, o que fez de errado e quais foram as consequências, e tudo o que foi bom.
Estar aberto ao diálogo não significa perder a autoridade. Você pode sinalizar que entende as frustrações e argumentos mas que, ainda assim, é o adulto responsável por ele e precisa garantir que cumpra as regras.
Uma boa maneira de estimular o convívio entre vocês é propondo atividades que se relacionem com o universo do adolescente. Por exemplo, assistir a um filme juntos que trata da fase em questão ou, quem sabe, se arriscar em uma tarde de videogame.
Se perceber que o jovem não sabe como aproveitar a adolescência de forma saudável ou que está em sofrimento por alguma questão e que talvez você não saiba como ajudá-lo, busque ajuda de um psicólogo ou de um profissional da área.
A melhor maneira de viver essa fase é encontrando um caminho de aceitação, amor-próprio e bons momentos, além do apoio afetuoso da família e da sociedade. Toda essa base será essencial para formar o adulto de amanhã.
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