Quais os cuidados com a saúde do idoso? Confira este material completo!

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A saúde na terceira idade exige alguns cuidados para que haja muita qualidade na rotina, bem-estar e expectativa de vida. Inclusive, é essencial que toda a família se envolva para que seja possível envelhecer bem. É por isso que vale a pena conhecer como dar atenção para a saúde do idoso.

O melhor é que algumas dicas são fáceis de aplicar no cotidiano e trazem benefícios, até mesmo, para o convívio familiar. Você notará que, então, todos estarão mais felizes e unidos.

Quer descobrir como acertar em cheio? Confira este guia completo que preparamos!

Conheça as doenças mais comuns em pessoas idosas

Com o passar dos anos, o funcionamento do corpo fica diferente. O metabolismo tende a ficar mais lento e as células também envelhecem. Com isso, a saúde fica mais suscetível a alguns quadros.

Isso não significa, no entanto, que todo idoso terá, de forma obrigatória, certas doenças. Mas os cuidados com a saúde na terceira idade são especialmente importantes para evitar tais situações. A seguir, veja quais são algumas das condições mais comuns entre os idosos.

Doenças cardiovasculares

As doenças cardiovasculares envolvem tanto o funcionamento do coração quanto da circulação sanguínea, em geral. Um dos quadros é a hipertensão arterial, popularmente conhecida como “pressão alta”. Ela é causada, principalmente, pela dificuldade de passagem do sangue nas artérias, o que pode ser motivado pela perda de eficiência do sistema ou até pela calcificação das artérias, que não conseguem realizar os movimentos.

Além disso, o nível elevado de colesterol também pode ser o culpado, já que as placas de gordura acumuladas nas paredes arteriais prejudicam o fluxo sanguíneo.

Outras doenças cardiovasculares envolvem o coração propriamente dito. Há a insuficiência cardíaca, as arritmias cardíacas, a miocardiopatia e assim por diante. A doença arterial coronariana, especificamente, é responsável pelo infarto no miocárdio — que pode ser fatal.

AVC

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou “derrame”, como também é conhecido, é uma espécie de problema cardiovascular. Só que, como os seus impactos ocorrem no sistema nervoso, ele merece atenção especial quando o assunto é a saúde do idoso.

Esse problema se dá pela interrupção de circulação sanguínea e de oxigenação para o cérebro. A atenção deve ser imediata e, de preferência, antes de a oxigenação ser interrompida por completo — já que o quadro apresenta sintomas, como dormência nos membros.

O grande problema é que essa interrupção de fluxo pode deixar sequelas, como perda de movimentos ou de fala. Algumas podem ser tratadas com a ajuda de fisioterapia, mas também ocorrem quadros definitivos.

Diabetes

A diabetes tipo 2 é uma doença crônica desenvolvida ao longo da vida e que se caracteriza pelo elevado nível de açúcar no sangue. Ela acontece pela produção insuficiente de insulina pelo pâncreas ou pela resistência das células à entrada da insulina. Com isso, a glicose fica elevada e isso causa diversos prejuízos para a saúde.

Essa é uma doença bem prevalente em idosos e, muitas vezes, é fruto de hábitos ruins de saúde, como alimentação rica em açúcares, sedentarismo e obesidade.

O maior problema é que ela é fator de risco para várias outras doenças, como:

  • retinopatia diabética, que causa cegueira;
  • neuropatia diabética, que prejudica a circulação e pode até levar à amputação de membros;
  • acidente vascular cerebral e outros quadros.

Infecção urinária

A infecção urinária, a princípio, parece um quadro comum e pouco grave. No entanto, é uma situação que afeta bastante a saúde do idoso e, por isso, exige máxima atenção.

Normalmente, ela acontece por causa da proliferação de bactérias que alcançam a bexiga e causam a chamada cistite. Como sintomas, há a urgência em urinar, dor durante a micção e incômodos gerais.

O problema é que essa infecção pode se espalhar e, até mesmo, comprometer os rins. Como consequência, o corpo todo sofre. Em alguns casos, ela pode causar, até mesmo, um quadro de sepse e tornar a situação ainda mais grave.

Pneumonia

Os problemas do trato respiratório também merecem atenção sobre a saúde na terceira idade. Determinadas condições, como enfisema pulmonar e síndrome aguda respiratória, podem comprometer os pulmões e aumentar o risco de morte.

No entanto, um dos quadros mais comuns e que exigem cuidado extra é a pneumonia. Para se ter uma ideia, mais de 80% das mortes por pneumonia no Brasil são de idosos.

Esse quadro é caracterizado por uma infecção nos pulmões, causada por vírus ou bactéria. Idosos acamados ou que ficam muito tempo deitados, por exemplo, têm mais riscos de desenvolver o problema. Além disso, o quadro pode ser causado por uma gripe mal curada. Então, há o risco de um problema simples se transformar em algo maior.

Depressão

Quando falamos em saúde do idoso, o cuidado não envolve apenas a parte física, sabia? Também é preciso se preocupar com a saúde mental, já que doenças de cunho psicológico acontecem com especial frequência.

Entre os problemas mais comuns, a depressão se destaca. Inclusive, a faixa etária de 60 a 64 anos representa a maioria dos pacientes deprimidos no Brasil. Ao total, são mais de 1,2 milhão de idosos deprimidos. Inclusive, os mais velhos são o grupo com maiores riscos quanto ao suicídio.

Esse quadro pode ser causado pelo próprio envelhecimento e pelo papel na sociedade, além da perda de contato social ou de motivação com as atividades. Por isso, é preciso estar atento aos primeiros indícios e garantir o tratamento correto.

Saiba como lidar com conflitos entre gerações

Estabelecer e fortalecer relacionamentos saudáveis também é essencial para cuidar bem da saúde do idoso. No entanto, mesmo no núcleo familiar pode ocorrer o chamado conflito intergeracional.

Podemos dizer que ele acontece quando jovens e pessoas mais velhas têm visões muito diferentes e isso torna difícil se entender. Só que a boa notícia é que é possível driblar essa situação.

Inclusive, algumas dicas vão ajudar a manter o humor do idoso sempre para cima e vão auxiliar os relacionamentos familiares. Confira como lidar com esses conflitos!

Entenda que as diferenças existem

O primeiro passo consiste em entender que, sim, há diferenças bem grandes entre as gerações — e está tudo bem com isso. Não é preciso que todos tenham a mesma experiência ou visão de mundo para que o relacionamento seja saudável, sabia?

Inclusive, reconhecer as diferenças permite valorizá-las e até torná-las o grande diferencial de um relacionamento saudável. Acima de tudo, a ideia é conciliar as diferenças e não simplesmente fingir que elas não existem.

Então, um bom ponto de partida é entender o que essa diferença de idade traz de distinto. Os idosos costumam ser mais experientes e maduros, enquanto os mais jovens têm bastante energia. Da mesma forma, quem é mais novo costuma lidar bem com a tecnologia e tem valores diferentes de quem nasceu muito antes. Tudo isso precisa ser ponderado!

Fortaleça a comunicação entre gerações

O diálogo é o melhor caminho para transformar o relacionamento e torná-lo mais positivo. Afinal, somente dessa forma, é possível fazer com que as diferenças sejam conciliadas, e as barreiras, superadas.

Portanto, a nossa dica é caprichar na comunicação entre as gerações. Falar (e ouvir) sobre os próprios dilemas, as dúvidas e a visão de mundo é uma forma de fazer com que o outro enxergue além da própria visão.

A ideia é construir pontes e laços, em vez de erguer muros nesse relacionamento. Pode ter certeza: quanto melhor for a comunicação, mais intensos serão os efeitos positivos nesse sentido.

Aposte na troca de experiências

Por falar em conversa e relação entre gerações, vale a pena usar as diferenças que existem a favor do contato entre todos. Como isso é possível? Com a troca de experiências, por exemplo.

Sabe aquele ditado que diz que “ninguém sabe tanto que não possa aprender e ninguém sabe tão pouco que não possa ensinar”? Pois é, é bem por aí a ideia de trocar vivências e impressões sobre o mundo.

Os mais jovens podem pedir conselhos aos mais velhos e entender como superar uma situação com a ajuda da experiência. Já os idosos podem pedir para conhecer mais do mundo dos jovens. Isso ajuda a estabelecer novas perspectivas e favorece ainda mais o relacionamento.

Busque pontos em comum

É bem verdade que há grandes diferenças quando falamos em gerações tão distintas — e distantes. Só que também é possível encontrar pontos em comum e que favorecem o diálogo e a união. Portanto, basta fazer um esforcinho para encontrar essas ligações.

Veja se é possível descobrir gostos em comum, como músicas, filmes, times de futebol, interesse por livros e assim por diante. Ao mesmo tempo, um assunto será comum às duas gerações, que ficarão mais ligadas por causa disso.

Após encontrar esses interesses compartilhados, é o momento de valorizá-los e trabalhá-los com mais intensidade. A partir desse primeiro “encontro”, será possível desenvolver muitos outros aspectos em comum e que ajudam no relacionamento.

Exercite o respeito e a tolerância

De qualquer forma, é indispensável que as duas partes se conectem com amor e cuidado, mesmo com as diferenças. Dependendo do caso, o relacionamento intergeracional pode ser desafiador mesmo — só que ele não é impossível e a diferença de idade não é o único elemento que merece foco.

Por isso, o ideal é agir com muito respeito e tolerância. Entender que as mudanças são difíceis e que essa adaptação leva tempo, por exemplo, é essencial para evitar brigas ou discussões desnecessárias.

Acima de tudo, é fundamental que jovens e idosos se respeitem, ainda que não seja possível compreender totalmente a visão do outro. É isso que cria as bases necessárias para que os resultados sejam mais positivos.

Una paciência e afeto

Acima de tudo, o relacionamento intergeracional exige dois ingredientes fundamentais: paciência e muito amor. Se uma pessoa idosa conta a mesma história várias vezes, por exemplo, o melhor é ouvir com o mesmo carinho e atenção. Por mais que pareça difícil no começo, é uma forma de valorizar o que a outra pessoa sente — e o que está mais vivo em sua memória.

Principalmente, é preciso priorizar o afeto que existe nesse relacionamento. Ter isso em mente, inclusive, reduz o nível de impaciência e faz com que seja mais fácil encarar as possíveis dificuldades.

Tudo isso ajuda a manter bons níveis de humor, o que é essencial para a saúde na terceira idade. Essas medidas também ajudam a aliviar o “peso” do envelhecimento, já que muita gente se sente um fardo na vida dos familiares e das pessoas queridas. Na prática, a qualidade de vida poderá se tornar maior.

Confira 10 dicas para cuidar da saúde do idoso

Os cuidados certos com a saúde e com o bem-estar são ainda mais importantes nessa fase da vida. Afinal, como vimos, os idosos são mais suscetíveis a certos tipos de doenças e quadros. Com isso, toda atenção é necessária para evitar problemas maiores.

Para não haver dúvidas sobre o que fazer, separamos 10 dicas para cuidar da saúde na terceira idade. Veja quais são os pontos essenciais!

1. Incentive a prática de atividades físicas

O sedentarismo é um dos maiores vilões contra uma vida saudável — especialmente quando falamos da saúde do idoso. Com a idade, muita gente passa a se mexer cada vez menos, por causa da aposentadoria e da mudança do ritmo de vida, por exemplo.

O problema é que isso estimula o surgimento de doenças ortopédicas, prejudica as articulações, favorece o ganho de peso e ainda é um fator de risco para outras condições. Portanto, o ideal é incentivar a prática de atividades físicas adequadas para a idade.

Opções de baixo impacto, como a hidroginástica, são ótimas escolhas. Mesmo a musculação é importante, já que ajuda a fortalecer músculos e articulações, de modo a evitar lesões e outros problemas.

2. Cuide da alimentação

O que vai para o prato também é essencial no cuidado com a saúde do idoso. Especialmente nessa fase, é preciso ter uma dieta bem equilibrada, balanceada e que ofereça todos os nutrientes necessários. É comum haver algum tipo de deficiência nessa fase, então, é preciso caprichar na alimentação.

Isso significa priorizar o consumo de frutas, legumes e vegetais, além do uso de outros ingredientes naturais. Também é preciso reduzir a ingestão do que não faz bem em excesso, como sódio, açúcar e gorduras.

O ideal é trocar industrializados por alimentos naturais e até com uma preparação caseira. Assim, é possível evitar que algumas doenças crônicas se tornem parte da rotina ou se agravem — como a hipertensão, diante do consumo excessivo de sódio.

3. Fique de olho na hidratação

Quando falamos na alimentação, um ponto é tão importante que merece destaque: a hidratação. Basicamente, é essencial garantir que o idoso beba água dentro dos níveis certos para o funcionamento do corpo. Isso é importante, principalmente, para evitar a desidratação. Afinal, esse quadro pode causar confusão mental e elevar os riscos de acidentes, por exemplo. Em médio e longo prazo, pode prejudicar o funcionamento dos rins e de outros sistemas.

Então, o truque é incentivar a ingestão de líquidos, mesmo que o idoso não esteja exatamente com sede. Do contrário, há grandes riscos de a saúde ficar comprometida.

4. Estimule a realização de consultas frequentes

Os cuidados em casa são importantes, mas não podem ser os únicos. As visitas regulares ao médico são essenciais para manter a saúde em dia e garantir o devido acompanhamento das condições.

Por isso, é importante estimular o idoso a visitar o médico algumas vezes por ano. Realizar exames, ainda que para um check-up, também é uma forma de direcionar a atenção com a saúde do jeito certo.

Para garantir a proteção familiar de forma completa, vale a pena ter um plano de saúde com cobertura de atendimento diversificado para os idosos. Assim, não há desculpas para não ir ao consultório.

5. Administre a medicação corretamente

Depois de visitar o médico, é normal que o idoso receba indicações sobre medicações para cuidar melhor do corpo. De suplementos vitamínicos a opções de uso contínuo para doenças crônicas, também é natural que eles tenham doses e frequências diferentes.

Por isso, um dos cuidados com a saúde na terceira idade envolve, justamente, administrar a medicação da forma correta. É preciso criar um sistema de organização para que todos os remédios sejam ingeridos na hora, na quantidade e pelo tempo certo.

Se o idoso for suficientemente independente, basta fazer indicações, como usar comprimidos com cores distintas e separadas em estojos especiais. Se for melhor, entretanto, pode ser o caso de você mesmo dar os remédios, conforme as indicações, para evitar problemas.

6. Dê atenção à saúde bucal

Com o passar dos anos, muitos idosos se descuidam da saúde bucal. Não é por acaso que apenas 2% dos idosos brasileiros têm todos os dentes saudáveis. Para reverter essa situação, é preciso ter atenção com alguns cuidados especiais.

O primeiro passo consiste em estimular o consumo adequado de alimentos, já que alguns produtos têm mais açúcares e favorecem o aparecimento de cáries. A escovação frequente e a escolha do creme dental de qualidade também são questões que merecem atenção.

Assim como outras partes do corpo, a boca também demanda cuidados preventivos e, por isso, é importante visitar o dentista regularmente. A realização de limpezas, de processos de fluoretação e de outras etapas reduz os riscos de extração. Em caso de perda, a atenção do profissional ajuda a devolver a capacidade de mastigar, sorrir e respirar bem.

7. Desenvolva atividades para estimular o cérebro

Além de outros sistemas do corpo, como o coração ou as articulações, o cérebro precisa de atenção extra quando o assunto é saúde do idoso. Afinal, doenças, como Mal de Parkinson e outros tipos de demência, são mais comuns nessa fase da vida por serem degenerativas.

A boa notícia é que é possível reduzir os riscos e até diminuir os impactos do envelhecimento sobre o sistema nervoso. Para isso, é preciso incentivar o idoso a praticar atividades que estimulem o cérebro.

Oferecer palavras-cruzadas é um dos exemplos mais simples e efetivos nesse sentido. Problemas de lógica e atividades especialmente voltadas para o bem-estar cognitivo também são bem-vindos.

8. Ajude a criar momentos de descontração

Relaxar e se divertir também é essencial quando falamos em saúde na terceira idade. Afinal, quem é que não gosta de aproveitar a vida e de ter atividades de lazer, não é mesmo?

O truque é criar esses momentos de descontração para a rotina do idoso. Fazê-lo participar do cotidiano, como ajudar a entreter crianças pequenas, é uma possibilidade. Também é interessante valorizar os interesses e estimular descobertas. Quer ver?

Se for seguro e a pessoa gostar de viajar, vale a pena apresentar opções de excursões para a terceira idade. Também é o caso de ir ao cinema, estimular o comparecimento a bailes dançantes, desenvolver um hobby ou simplesmente se divertir em família com histórias engraçadas. Com bastante lazer, a qualidade de vida vai lá em cima.

9. Tenha cuidado com as quedas e os acidentes domésticos

Estima-se que, por ano, 1 em cada 3 idosos sofre ao menos uma queda. O problema é que essa situação e as suas consequências estão entre as principais responsáveis por mortes na terceira idade. Por isso, evitar tais acidentes é fundamental para melhorar o cuidado com a saúde do idoso.

O ideal é adaptar a moradia para evitar problemas desse tipo. O banheiro deve contar com barras de apoio e escadas devem ter corrimão. Além disso, é necessário evitar o uso de pisos escorregadios, tapetes ou mesmo móveis com pouca estabilidade.

Também é preciso melhorar a iluminação do ambiente e dar toda a sinalização, como no caso de desníveis. Isso é essencial para evitar fraturas e outros problemas decorrentes que podem levar à morte.

10. Tenha empatia

A atenção, o carinho e a paciência não são importantes apenas para resolver conflitos intergeracionais. Esses também são “ingredientes” fundamentais para que todo o cuidado com a saúde do idoso aconteça de maneira positiva. É por isso que é preciso uni-los e dar origem à empatia, de forma geral.

Colocar-se no lugar do outro, entendendo as suas limitações e necessidades, é fundamental — e ainda mais importante quando falamos da terceira idade. Afinal, nem sempre essa fase é fácil para as pessoas, já que nem todo mundo lida bem com o envelhecimento.

Então, o melhor jeito de acertar em todos os cuidados é pensando em como você gostaria de ser tratado ao envelhecer. Isso traz uma perspectiva importante e aumenta o seu nível de tolerância de forma significativa.

Cuidar da saúde na terceira idade é coisa séria e merece atenção. Com essas dicas, você vai conseguir trazer mais alegria e qualidade de vida para quem está na terceira idade!

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