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Como enfrentar o luto pelo falecimento da mãe?

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Lidar com a perda de pessoas conhecidas está longe de ser algo simples. Essa tarefa requer ainda mais força e resiliência quando envolve o falecimento da mãe. Afinal, estamos falando de alguém que é a sua referência ao longo da vida e que teve um papel fundamental para que você se tornasse quem é hoje.

Nesses momentos, é comum se questionar por quanto tempo dura o luto gerado pela ausência materna. No entanto, a verdade é que não é possível prever nem muito menos estabelecer isso. Esse é um processo único, vivido de maneira particular por cada pessoa, que vai aprendendo a conviver com a saudade.

Abaixo, você confere algumas sugestões que vão ajudar nessa caminhada, permitindo que você consiga elaborar melhor o luto, despedir-se de maneira mais significativa e enfrentar a dor desse tipo de vivência. Acompanhe!

Mantenha-se perto de quem te faz bem

Nos primeiros dias após o falecimento da mãe, é normal que muita gente fique de licença no trabalho e se recolha em casa. Porém, é importante que você não se isole de tudo e de todos. Afinal, ficar sozinho, sem ninguém com quem conversar ou a quem recorrer por apoio, afeto e carinho nesse momento, pode ter um efeito amplificador em emoções e sentimentos negativos. É o caso da raiva, do desamparo, do medo e da ansiedade.

Ou seja, coisas que vão prejudicar sua capacidade de manejar o luto e dificultar ainda mais o processo de enfrentamento e adaptação a essa nova realidade que está diante de você. Por isso, procure ficar na casa de um familiar ou amigo próximo. Já quem é casado ou tem filhos pode recorrer a eles para esse suporte emocional.

Chore quando quiser e quanto tiver vontade

Tem sentido vontade de chorar com frequência e em diferentes momentos do dia? Então, chore. Não fique se autorregulando para não demonstrar emoções e vulnerabilidade. O choro é um importante mecanismo para expressarmos tristeza, em especial, quando não conseguimos falar sobre ela, mas a vivemos intensamente.

Quando você se priva disso e tenta ignorar o assunto a todo custo, o seu corpo é o principal afetado. Isso porque ele se torna, basicamente, a sua única válvula de escape. Por essa razão, muitas vezes, você sente mal-estar, percebe o coração acelerado, tem crises de pânico, não consegue dormir bem, alimenta-se de maneira irregular e, inclusive, adoece com mais facilidade.

Reflita sobre os ensinamentos da sua mãe

Uma terceira sugestão é refletir sobre os ensinamentos da sua mãe, os valores e os princípios que ela lhe ensinou e que vão permanecer com você mesmo após a partida dela. Isso porque a morte não apaga o legado das pessoas que amamos, muito menos as memórias afetivas que construímos com elas ao longo do tempo.

Você pode, inclusive, aproveitar esse período de reflexão para montar um baú de recordações onde ficarão os itens pessoais da sua mãe que refletem os ensinamentos dela. Se ela costumava escrever, por exemplo, você pode guardar as cartas, os bilhetes ou outros tipos de anotações que ela costumava fazer.

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Volte à rotina sem ter pressa

Não se preocupe em retomar a sua rotina o mais rápido possível — e aqui não falamos apenas do trabalho, mas das diferentes atividades do dia a dia. Por exemplo, ir à academia, estudar, sair com os amigos, fazer caminhadas com o seu animal de estimação etc. É natural que você se sinta sem ânimo e sem interesse em socializar.

Portanto, forçar esses afazeres como se nada tivesse acontecido não é uma boa ideia. Afinal, você teve uma perda recente e está se adaptando a um mundo no qual a sua mãe não está mais presente fisicamente.

Para isso, negligenciar o que você está sentindo não é a solução. É preciso ter paciência e respeitar o seu próprio tempo, voltando ao cotidiano conforme você vai se sentindo confortável e capaz de lidar com ele.

Busque ajuda profissional para lidar com o luto

Além do que já foi falado nos outros tópicos sobre como lidar com o falecimento da mãe, caso você perceba que não está conseguindo lidar com o volume de emoções sozinho ou se adaptar a essa nova realidade, considere buscar ajuda profissional para trabalhar o seu luto. Isso é importante, em especial, quando você não tem com quem desabafar ou não se sente à vontade para fazer isso com familiares e conhecidos.

Portanto, em um consultório com um psicólogo, você terá a oportunidade de expressar livremente a sua dor, ser vulnerável pela perda que teve e enfrentar todas as questões emocionais que estão ocorrendo na sua vida. Tudo isso com confidencialidade e o principal: no seu tempo, conforme o que você sente naquela hora.

Outra possibilidade é participar de grupos terapêuticos voltados justamente para pessoas que também estão vivenciando o mesmo processo que você. Esses encontros são mediados, geralmente, por psicólogos e permitem a criação de uma forte rede de apoio entre seus membros.

Faça uma homenagem para a sua mãe

Por fim, pense na possibilidade de fazer uma homenagem à sua mãe, realizando ou dando conclusão a algo que ela gostava ou queria ainda em vida. Por exemplo, iniciando um projeto voluntário que ela idealizou, adotando do pet dela, viajando para um destino que ela sempre quis conhecer ao seu lado e por aí vai.

Essa é uma forma de despedida muito útil para lidar com o adeus de alguém tão importante. Em especial, quando você, por diferentes razões, não esteve por perto durante o falecimento dela e sente que isso se torna um peso pessoal, uma autocobrança constante; afetando, dessa forma, o seu emocional e trazendo implicações constantes tanto no seu bem-estar quanto na sua saúde mental.

Como mostrado, o falecimento da mãe é um episódio difícil, doloroso e que requer um processo contínuo de readaptação para conviver com a saudade que permanece de quem partiu. Porém, as dicas que trouxemos podem ser de grande auxílio para você extravasar o que está sentindo, cercar-se de quem gosta de você e, quando for preciso, contar com o suporte psicológico que achar necessário. Por isso, considere adotá-las!

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