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A tecnologia digital, especialmente a internet, mudou a forma como todas as pessoas se relacionam com a vida. É possível conhecer mais pessoas, aprender mais sobre o mundo e se expressar de várias novas formas. Porém, junto a todos esses novos jeitos de ser, também surge uma nova questão: o que acontece com minhas redes sociais após a morte?
Tudo que uma pessoa coloca publicamente nas redes sociais pode continuar lá indefinidamente. Desde o seu primeiro contato com essa tecnologia até seu último momento. Isso cria certas questões tanto para o usuário do perfil quanto para seus familiares após sua partida.
Acompanhe e entenda melhor a relação entre as redes sociais e o fim da vida, assim como o que pode ser feito a respeito.
O que acontece com as minhas redes sociais em caso de morte?
É bem comum para qualquer pessoa colocar uma boa parte de sua imagem nas redes sociais. Fotos, textos, vídeos, entre vários outros tipos de mídia que refletem suas rotinas, desejos e sua trajetória. Na internet, essas criações persistem além da morte, a menos que haja algum tipo de intervenção.
Se uma pessoa não tomar certas ações ainda em vida e nenhum familiar intervir, seus perfis continuam no mesmo estado indefinidamente. No futuro, qualquer pessoa pode encontrá-los, aprender sobre seus hábitos e reconhecer sua imagem.
A primeira questão aqui é o desejo ou não de que este perfil continue público. Algumas pessoas preferem que seus perfis sejam apagados ou ocultados após sua partida, seja por privacidade ou segurança. Mas também há alternativas, como torná-lo um memorial em seu nome.
O ideal é decidir o que deve ser feito com suas redes sociais ainda em vida, como uma forma de aceitação. Dessa forma, sua família vai saber como agir. Assim, você pode se preparar e garantir que seus desejos serão respeitados.
O que outras pessoas podem fazer com minhas redes sociais após a morte?
Ao falecer, não há mais uma titularidade real para minhas redes sociais. Porém, há algumas coisas que familiares e amigos podem fazer para assegurar sua privacidade, além de prestar certas homenagens. Acompanhe e veja os caminhos mais comuns.
Pedir o encerramento da conta
A opção mais simples é um familiar entrar em contato com a rede social e pedir que o seu perfil seja encerrado. Não são todas as redes que oferecem esta opção aos usuários, mas as principais utilizadas hoje, como o Facebook e o Instagram, incluem estas opções em seu atendimento ao cliente.
Para isso, um familiar deve entrar em contato com a empresa através dos canais pertinentes e solicitar seu encerramento. Para assegurar que seu pedido é legítimo, é necessário apresentar documentos comprovando seu parentesco, além da certidão de óbito. Dependendo do caso, pode ser que haja um período de espera de até seis meses para o perfil ser apagado.
Passar para um contato herdeiro
Uma alternativa ao seu alcance é nomear um contato herdeiro, um segundo usuário que tem permissão para acessar sua conta após um período pré-definido de inatividade. Para isso, o titular da conta precisa nomear esse contato ainda em vida. O contato herdeiro também precisa ter uma conta na rede social em questão se quiser fazer uso destas funcionalidades.
Isso não significa que terá acesso completo às suas informações. O herdeiro fica limitado a algumas ações específicas:
- Gerenciar uma conta memorial;
- Escrever publicações fixas;
- Aceitar ou recusar pedidos de amizade;
- Atualizar a foto de perfil e de capa.
Note que isso exclui a possibilidade de editar publicações antigas, ler mensagens ou mesmo de entrar em seu perfil diretamente. Uma boa opção caso alguém queira fazer algo específico com o perfil após partir.
Transformar a conta em um memorial
Como mencionamos no tópico anterior, uma das opções do que pode ser feito com minhas redes sociais após a morte é convertê-la em uma conta memorial. Assim, a conta é convertida a um tipo de homenagem póstuma. Dessa forma, o perfil fica marcado como “memorial” ou “em memória de”. Todas as suas informações são congeladas e protegidas contra acessos futuros.
Essa opção é oferecida pelo Facebook, LinkedIn e pelo Instagram, seguindo um procedimento similar ao do encerramento da conta. Um parente próximo deve comprovar sua ligação com o titular da conta e apresentar a certidão de óbito. Uma vez feito isso, o perfil passa para seu novo estado. Outras pessoas podem visitá-lo, deixar mensagens e usar este espaço para processar o luto.
Como prestar homenagens pelas redes sociais após a morte?
A principal utilidade de passar as redes sociais de uma pessoa falecida para um usuário herdeiro é criar uma conta memorial. Assim, mesmo que o perfil fique inativo, ele ainda é um ponto de encontro para pessoas que desejam relembrar os momentos vividos juntos. Além de ser uma boa opção para os parentes e amigos mais distantes, que não podem comparecer ao funeral.
Por exemplo, é possível criar uma postagem fixa anunciando sua partida. Nela, as pessoas podem fazer menções com suas últimas homenagens, expressar sua saudade e mencionando seus momentos favoritos. Mais uma oportunidade de manter essa memória viva.
O que posso fazer para preparar minhas redes sociais para este momento?
Quando o fim da vida se aproxima, é importante tomar algumas medidas para se preparar. Tanto por dentro quanto por fora. Isso inclui também o seu legado digital, que pode ter um impacto maior do que você imagina.
Se o seu perfil não for encerrado ou restrito, tenha em mente que todas as suas mensagens e fotos podem ser vistas por outras pessoas. Algo que pode afetar a privacidade de parentes e amigos. É interessante considerar como restringir essa transição para que sua imagem seja respeitada e bem cuidada.
Como minhas redes sociais podem persistir indefinidamente, é necessário ter bastante cuidado com seu impacto após a morte. Mesmo que sejam apenas algumas mensagens, elas ainda carregam valor para seus familiares e amigos após sua partida.
Este artigo te ajudou? Então compartilhe-o com outras pessoas e mostre a importância de decidir o que fazer com suas redes sociais após a morte.
