Quando ocorre o falecimento de um ente querido, é comum ter dúvidas não apenas sobre os procedimentos de sepultamento ou cremação, mas também sobre a realização dos rituais de despedida. Um exemplo é o caso do sermão para funeral, um discurso que traz o reconhecimento da perda e da ressignificação da vida para quem fica, mas também reforça o amor e a saudade por quem não está entre nós.
Ele pode ser feito tanto por um representante religioso quanto por alguém próximo de quem partiu. Nesse último caso, quem nunca escreveu ou mesmo declarou um sermão publicamente pode não ter ideia de como iniciar esse tipo de texto. Por isso, trouxemos um artigo que reúne algumas das principais dicas sobre o tema. Veja!
Quais palavras usar?
O cuidado com as palavras ao escrever o sermão é necessário para evitar duplos sentidos, mal-entendidos e o principal: um texto que seja informal demais ou excessivamente formal. Isso porque o sermão não deve ser de difícil compreensão. Ao contrário, o objetivo dele é ser claro, direto e, acima de tudo, representativo do quanto a pessoa que partiu é importante e sempre estará presente nas lembranças de todos.
Qual a duração adequada?
Em geral, indica-se a duração de 10 a 15 minutos por sermão. Uma quantidade de tempo que é versátil, se encaixando sem dificuldade em diferentes ocasiões. Contudo, é possível pensar a duração para além dessa margem. Tudo depende de dois fatores importantes.
O primeiro é o contexto em que o sermão será realizado. Se ele for conduzido por uma figura religiosa e durante um ritual ou cerimônia religiosa, é importante considerar o tempo de duração dele. Garantindo, assim, que o discurso não ultrapasse 20% desse momento.
Por outro lado, se ele é realizado em um funeral conduzido pela família e amigos, o sermão pode ter uma duração total mais flexível. Afinal, essas ocasiões tendem a ter um tempo de duração mais prolongado.
O segundo fator é a quantidade de sermões que serão realizados. Se a ideia é que haja apenas um, ele pode ser mais extenso, sem problemas. Caso ocorram vários sermões seguidos, o recomendado é que eles sejam mais enxutos para que o tempo seja mais bem dividido entre todos os que vão se manifestar publicamente.
Como oferecer conforto aos presentes?
Oferecer conforto é um dos propósitos do sermão para funeral, sendo a mensagem central dele. Para tanto, você pode recorrer à espiritualidade para falar sobre a relação entre morte e vida e como o ente querido cumpriu a missão dele na terra, seguindo os desígnios de uma força maior.
Outra possibilidade é se conectar com as emoções e os sentimentos dos demais, discorrendo sobre como o falecimento não apaga a história e os afetos compartilhados com quem se foi. Na verdade, ele nos desafia a, diante da ausência física de quem nos marcou tão profundamente, ressignificar o amor e encontrar formas de sempre recordar quem não está mais entre nós.
Qual o tamanho ideal de um sermão para funeral?
Outra dúvida comum envolvendo o sermão é o tamanho dele. Afinal de contas, o mais indicado é fazer um material sucinto e breve ou escrever o máximo que for possível, o que, consequentemente, significa falar por mais tempo em frente ao público? A verdade é que não há uma resposta decisiva sobre o tema.
A dica é utilizar a média de duração estimada de 10 a 15 minutos como referência, buscando adequar o texto a esse tempo. Em geral, você vai perceber que, para essa quantidade de minutos, uma ou duas páginas é o suficiente. Em especial porque é necessário considerar eventuais pausas no discurso. Afinal, você pode ficar emotivo ou despertar reações nos familiares e amigos enlutados.
O que abordar no sermão?
O sermão permite a inclusão de diferentes assuntos. Por exemplo, momentos felizes que você teve com a pessoa que partiu, aprendizados que ela lhe proporcionou e experiências que vocês tiveram ao longo dos anos. Também engloba fatos e histórias que lhe marcaram e como ela foi essencial para tudo isso.
Outra possibilidade é falar sobre as ações dos quais ela participava e que tinham impacto social, como trabalhos voluntários, congregações religiosas, projetos voltados para pessoas em situação de vulnerabilidade e afins. O propósito é mostrar que a pessoa foi, honrando a trajetória dela e as mudanças que foram proporcionadas por ela.
Fora esses pontos valiosos, é possível discutir sobre dar continuidade a sonhos e metas de vida que o ente querido tinha e compartilhava com você. Afinal, essa é uma forma de demonstrar o seu carinho, respeito e admiração por quem ele era e o que representa na sua vida.
Como revisar o texto?
Ao concluir o texto do seu sermão, é importante que você o revise para garantir que a fluidez dele está boa e a mensagem é de fácil compreensão para todos. Além disso, é preciso avaliar se a duração está dentro do que havia previsto. Para tanto, você pode treinar a leitura dele com um cronômetro ao lado e repassá-lo com uma pessoa próxima para que ela compartilhe as impressões sobre o material.
Fora esses pontos, é importante também não descuidar da gramática e ortografia, evitando, assim, erros de português que podem comprometer a qualidade do texto. Caso você queira otimizar essa tarefa, pode usar recursos de inteligência artificial, como o ChatGPT, para realizar essa tarefa em poucos segundos. Outra possibilidade é repassar o texto a um conhecido para que ele se certifique sobre esses aspectos.
Como você viu, o sermão para funeral não se trata de um texto complexo. Ele precisa, sim, de atenção com a escrita, mas, acima de tudo, saber expressar a saudade por quem partiu e prestar conforto a todas as pessoas que estão passando pelos ritos de despedida e luto. Por isso, siga as nossas dicas e, ao fazer o seu sermão, saiba como torná-lo especial para todos.
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