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Entenda como funciona a organização de um velório

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Apesar de o falecimento ser uma parte natural da vida, não costumamos nos preparar para a situação. E isso engloba tanto questões emocionais quanto as relacionadas aos demais processos que envolvem esse momento, como é o caso do velório.

Ainda que praticamente todos nós já tenhamos comparecido a essa última homenagem de familiares, amigos e conhecidos, só mesmo quem já viveu a experiência com um ente querido muito próximo sabe quantas coisas são necessárias e quais procedimentos devem ser feitos — e não são poucos.

Por isso, neste conteúdo, vamos explicar como funciona a organização de um velório, desde as etapas mais burocráticas até as mais práticas. Acompanhe!

O convite às pessoas

Certamente, assim que o falecimento é confirmado, a família recebe a notícia rapidamente, e cada um naturalmente se encarrega de transmitir a informação às pessoas mais próximas.

Para informar aos amigos da pessoa que se foi, buscar por um de cada grupo já é o suficiente, por exemplo, um do grupo mais íntimo, um do trabalho, um da academia etc. Assim, essas pessoas se responsabilizarão em entrar em contato com as demais.

Em relação ao meio de comunicação, vai depender dos hábitos de cada um e a forma como cada pessoa vai receber a notícia: por questões de saúde, pessoas mais idosas, por exemplo, devem ser avisadas pessoalmente.

Já para outros grupos, telefonemas e, até mesmo, notas de falecimento por meio de mensagens de texto podem ser suficientes. Por fim, as pessoas menos íntimas podem receber a notícia por notas de falecimento em rede pública, com informações sobre o velório, o sepultamento e a missa de sétimo dia.

A ornamentação do velório

Cabe a cada família a forma de ornamentar o local onde o velório será localizado. Flores são sempre uma forma bonita de homenagem e de despedida, e muitas pessoas as enviam com o passar das horas.

Também são muito comuns objetos que fazem referências aos gostos e paixões da pessoa em vida, como fotos, bandeiras de países ou de times de futebol, entre outros.

Vale lembrar que, muitas vezes, os velórios municipais cobram uma taxa de ornamentação para que sejam utilizados os suportes para o caixão, os castiçais com as velas, entre outros itens que podem variar.

A alimentação dos presentes

Na maioria dos casos, quando não é preciso que o corpo seja sepultado rapidamente, o velório costuma durar muitas horas, prolongando-se por toda a noite. Apesar de ser um momento de muita tristeza, as pessoas ali presentes continuam tendo que atender às suas necessidades básicas — até mesmo para não passarem mal durante o velório ou no próprio sepultamento (o que é bastante comum).

Por isso, é fundamental ficar atento a pontos como alimentação, descanso, toaletes e demais itens, a fim de garantir o conforto daqueles ali presentes. Muitos cemitérios (ou locais onde os velórios são realizados) oferecem lanchonetes e cafeterias para garantir esse suporte.

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Se esse não é o seu caso, vale a pena saber que, hoje em dia, existem empresas especializadas em coffee breaks para velórios: basta uma única ligação para que a alimentação das pessoas seja garantida de forma bastante tranquila.

Por fim, se a família optar por providenciar os alimentos, café, chocolate quente, água e suco são sempre bem-vindos durante a madrugada para aquecer, hidratar e manter as pessoas despertas. Um lanche leve também é recomendado. Ao amanhecer, um café da manhã simples, com pão francês, também é suficiente.

Uma boa dica é selecionar uma pessoa para cuidar da alimentação de todos que vão passar ali: alguém menos abalado, que more perto do local ou que tenha disponibilidade para comprar os alimentos pode ser essa responsável.

O espaço para as crianças

Certamente, um velório não é o local ideal para as crianças, que podem se desgastar e, até mesmo, ficar mais agitadas devido à natural tristeza ali presente.

Mas não são todas as pessoas que têm a opção de não levar os filhos, por não ter com quem deixar (afinal, todos os familiares estão ali). Por isso, vale a pena separar um espaço para os pequenos com alguns livros, massinhas ou outras atividades que podem entretê-los sem agitar demais o espaço. Lençóis e cobertores também são ótimos para ajudá-los a descansar.

Por sua vez, é interessante ressaltar que existem alguns cemitérios que oferecem um espaço exclusivo para as crianças, garantindo mais tranquilidade para os pequenos, seus pais e todos ali presentes.

A documentação

Assim que o falecimento é confirmado, a Declaração de Óbito (ou Atestado de Óbito) é emitida por um médico legista. A facilidade da solicitação desse documento vai depender da causa e do local do óbito: se for em um hospital, o processo é mais fácil e simples, e você já sai de lá com a declaração em mãos.

Mas, se o falecimento acontecer em um local público ou em casa, a liberação pode demorar mais, pois é bastante provável que o corpo prossiga para o Instituto Médico Legal antes de ser liberado. Vale lembrar que é preciso ter esse documento em mãos para que o sepultamento seja realizado.

Além da declaração, existe a Certidão de Óbito, emitida pelo Cartório de Registro Civil das pessoas naturais e que só pode ser obtida com o Atestado de Óbito em mãos. O documento vai trazer informações como data e hora do falecimento, filhos, causa da morte etc.

É importante saber que, na maioria dos casos, o prazo para a emissão da certidão de óbito é de 15 dias após o falecimento. As exceções acontecem quando há motivo relevante ou quando a sede do cartório mais próximo está localizada a mais de 30 quilômetros de distância.

O velório é, sem dúvidas, um dos momentos mais difíceis da vida do ser humano, por isso é essencial que os familiares e amigos estejam juntos, apoiando-se nas necessidades emocionais e também práticas que esse momento exige. Dessa forma, o processo pode acontecer de uma maneira mais tranquila para todos os envolvidos, resguardando o espaço necessário para o luto e, posteriormente, a saudade.

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