Alimentos industrializados: veja algumas questões sobre!

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Basta sintonizar em algum canal de televisão ou acessar qualquer rede social para se deparar com o seguinte assunto: o consumo de alimentos industrializados. De um lado, há muitas pessoas criticando e até mesmo condenando. Do outro, há quem fale sobre o equilíbrio na rotina alimentar, buscando aumentar a conscientização sobre o assunto.

Diante disso, é natural ter dúvidas e se questionar até que ponto esse tipo de comida pode trazer impactos para o bem-estar físico e mental. Por isso, preparamos este post bem didático que vai lhe informar e ajudar a saber mais sobre o que vai à sua mesa. Confira!

Qual a diferença entre alimentos naturais e industrializados?

Alimentos naturais formam uma categoria que envolve dois tipos de produtos adquiridos diretamente de produtores ou a partir de estabelecimentos revendedores (como supermercados, feiras, hortifrútis etc.). No primeiro grupo, estão aqueles insumos in natura. Ou seja, frutas, grãos, cereais, ervas, vegetais, leites, carnes, pescados, entre outros.

De maneira bem clara, é o que foi obtido da terra (em plantações e pequenos cultivos) ou da criação para abate (de animais de diferentes portes). Tudo isso com o mínimo possível de uso de materiais químicos, principalmente aqueles com potencial tóxico ao meio ambiente e ao nosso organismo.

O segundo tipo já se trata de alimentos feitos, basicamente, a partir dos itens que listamos há pouco. Assim, busca-se manter o aspecto caseiro e natural da comida. Geralmente, são produtos para consumo rápido, em até poucos dias, pois o prazo de validade é bem curto. Entre eles, podemos citar:

  • doce de leite;
  • sucos de frutas;
  • chás;
  • pão francês;
  • óleo vegetal;
  • queijo;
  • iogurte.

Já os alimentos industrializados estão relacionados aos produtos que são elaborados em fábricas alimentícias e depois comercializados em estabelecimentos físicos e online.

O ponto de diferença é que, apesar de usarem insumos in natura na composição, as empresas adicionam uma série de elementos químicos na hora de fabricá-los — entram aqui os famosos corantes e conservantes. Também há, com frequência, o aumento de açúcar, gorduras, sódio e afins.

Isso acontece porque o objetivo é preservar o sabor da comida e, ao mesmo tempo, expandir ao máximo a validade dela. É por isso que, ao ir aos supermercados, você encontra uma lista extensa de produtos que duram dias, semanas, meses e até mesmo anos.

Quais os tipos de alimentos que existem?

Fora os alimentos in natura que mencionamos há pouco, os alimentos industrializados são encontrados em dois formatos de acordo com a sua produção: os processados e os ultraprocessados. Um artigo publicado pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso) explica bem a diferença entre eles.

O primeiro grupo é aquele de alimentos marcados pelo acréscimo de componentes como o açúcar, o sódio e condimentos diversos. Como resultado, eles costumam ter um valor calórico maior.

Além disso, são contraindicados para pessoas que já têm condições de saúde que não permitem o consumo excessivo de alimentos doces ou salgados. Por exemplo, o diabetes, a hipertensão, a obesidade e as doenças cardiovasculares.

“E quanto aos alimentos ultraprocessados?”, você pode estar se perguntando. Bem, esse grupo contempla aqueles produtos que levam uma quantidade expressiva de aditivos químicos entre os componentes.

Uma matéria de 2021 da BBC Brasil elencou quais são os mais frequentes nos alimentos. O top 3 conta com: conservantes (presente em 28,9%), corantes (presente em 27,8%) e estabilizantes (presente em 27,6%).

Muitas vezes, esses materiais são colocados nas comidas para simular ou aproximar o sabor/aroma delas ao de outro alimento ou produto natural. Assim, tornam esses itens mais agradáveis ao nosso paladar.

Alimentos industrializados podem trazer prejuízos à saúde?

Sim, é possível que isso aconteça. No entanto, a questão principal aqui é entender que consumir alimentos industrializados não vai, por si só, levar você obrigatoriamente a desenvolver uma série de doenças e outros problemas de saúde. O que pode acarretar prejuízos ao seu bem-estar é a junção de duas coisas:

  • consumir diariamente e em grandes quantidades refeições que levam apenas esse tipo de comida, enquanto, por outro lado, você reduz a ingestão de frutas, legumes, verduras e demais alimentos naturais;
  • manter um estilo de vida pouco saudável — ou seja, fazer uso de cigarro e álcool, não dormir ao menos sete horas por dia, beber pouca água, ter uma rotina muito estressante, viver no sedentarismo, não ter hábitos de autocuidado etc.

Por isso que é tão importante que haja um equilíbrio entre ambas as coisas para que você tenha mais qualidade de vida a longo prazo. Inclusive, para que inspire sua família a seguir seus passos.

Como a alimentação impacta a saúde física e mental?

Dadas as devidas proporções, a alimentação age no nosso organismo assim como o combustível funciona nos veículos. Isso porque ela fornece os nutrientes necessários, principalmente os que não produzimos, para que nosso corpo se mantenha em perfeito equilíbrio, funcionando adequadamente e apto a se exercitar.

Além disso, ela traz alguns bônus. Por exemplo, reduz as chances de adoecermos ou apresentarmos distúrbios, assim como de termos problemas de desenvolvimento. Assegura, inclusive, um envelhecimento saudável.

Já em relação ao bem-estar mental, não é tão diferente, viu? Isso porque há benefícios valiosos para além do prazer de saciar a fome. Por exemplo, quando você muda os hábitos alimentares e tem uma dieta mais balanceada, você vê mudanças no seu físico, no seu humor e na sua energia.

Essa reeducação acaba se refletindo na autoestima e na autoconfiança, na qualidade do seu sono, no ganho de produtividade, na redução do estresse e da ansiedade, nas relações sociais e em outros campos da vida.

E então, tirou suas dúvidas sobre os alimentos industrializados e alimentos naturais? Pois comece a prestar mais atenção à sua alimentação, buscando promover um melhor equilíbrio nutricional. Além disso, não deixe de cuidar do seu estilo de vida. Afinal de contas, unindo as duas coisas, sua saúde e seu bem-estar só tendem a aumentar.

Gostou de ler sobre o tema e tem dicas de como repensar a alimentação de forma prática no dia a dia? Então conte sua experiência nos comentários!

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