Guia: por que falar de morte não deve ser um tabu?

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Vamos falar a verdade: é difícil estar preparado para perder alguém amado. Por mais que essa situação seja inevitável e aconteça com todo mundo, é natural encontrar dificuldades para encarar o tema. O problema surge quando a morte se torna assunto proibido e vira um tabu dentro da família.

Infelizmente, essa é uma situação que ainda ocorre bastante e que gera mais problemas do que você pode imaginar. Por outro lado, tratar a questão de maneira natural pode oferecer muitos benefícios — até mesmo para quem nos deixa.

Na sequência, descubra por que falar desse tema não deve ser complicado e veja quais são os impactos do diálogo!

Entenda por que muitas famílias cultivam a crença de que esse assunto é um tabu

“Bate na madeira para isolar” ou “vira essa boca pra lá” são algumas das reações mais comuns que as pessoas têm ao ouvir falar de morte. Um assunto que deveria fazer parte das nossas vidas (mesmo que pareça contraditório) se torna uma barreira que é quase intransponível para algumas famílias.

O principal motivo para isso? A superstição. Muitas pessoas acreditam que o simples ato de falar sobre o encerramento da vida é o suficiente para atrair energias negativas. É como se tratar do assunto tornasse o lar um verdadeiro alvo para as perdas.

Além de tudo, conversar sobre isso nos faz ter a certeza de que, em algum momento, todos vão partir — inclusive, nós mesmos. Tem quem fuja do tema justamente para não encarar essa realidade.

Mesmo essa sendo a única certeza que temos sobre nós ou qualquer outra pessoa, trata-se de algo que é motivo de polêmica e que é evitado a todo custo. Inclusive, 79% dos brasileiros jovens simplesmente não falam do tema. A partir dos 55 anos, não é muito diferente e quase 68% nunca tocam no assunto.

A negação do luto não é a solução

Como a morte passa a ser um assunto proibido, tudo o que decorre dela também traz outras complicações, como é o caso do luto. A percepção mais comum é que esse período deve ser evitado ou apressado, como se não existisse ou não devesse ocorrer. Sabe aquela ideia de sentir que não se deve chorar ou sofrer? Pois é disso que se trata.

O problema é que o período do luto é indispensável para processar a perda e seguir em frente. Quanto mais essa fase é sufocada, piores são os traumas, as dificuldades e as dores. Como a morte é considerada ruim e deve ser evitada, o luto também recebe essa carga.

O problema é que negar esse período não faz bem para ninguém que fica — e só torna o momento mais sensível e dolorido. Esse é justamente um dos maiores motivos para vencer essa crença de que não devemos falar sobre a morte.

Conheça 6 situações passadas por quem não discute o assunto

Não conversar sobre a morte pode parecer uma boa ideia. Deixar o assunto afastado da realidade é cômodo, não causa desconfortos e nem gera reflexões sobre perdas e dores. No entanto, é algo que gera diversos prejuízos — especialmente, no momento em que alguém se vai.

Uma família que nunca aborda o tema passa a lidar com outras situações negativas, além da própria perda. Então, veja a seguir quais são as situações encaradas por quem não conversa sobre a morte e se convença sobre a importância do diálogo.

1. Não entender os procedimentos burocráticos

Depois que alguém se vai, há a resolução de muitas questões burocráticas. Você sabia que é preciso tomar mais de 80 decisões nesse período quando a família não está prevenida com o plano de assistência funeral? Afinal, é necessário resolver diversos aspectos legais e procedimentos padronizados.

Será necessário providenciar a emissão da documentação completa, definir como será o sepultamento ou a cremação, realizar os pagamentos e assim por diante. Depois, ainda será preciso cuidar das contas, do patrimônio e de tantos outros aspectos. Complexo, não é?

Quem estabelece um diálogo sobre o tema tem alguma ideia sobre o que tem que ser feito. Ainda que não conheça as fases de cor e salteado, tem uma preparação para o que virá e para os pontos que precisam de atenção. Então, fica mais fácil resolver todas as pendências. Já quem nunca toca no assunto costuma se surpreender com a quantidade de trâmites e tem até dificuldades para entender como agir.

2. Não contar com o dinheiro para arcar com as despesas

Outro problema muito comum tem a ver com a falta de recursos provisionados especificamente para a morte. Já que esse tema não faz parte dos papos em família, ocorre que ninguém está, realmente, preparado para uma perda.

A hora de resolver as questões legais e de escolher uma urna ou uma funerária, por exemplo, costuma pesar do bolso. Especialmente quando a morte acontece de maneira abrupta, sem tempo de preparação, há uma dificuldade em dispor de todo o dinheiro que é exigido.

Isso faz com que o orçamento da família fique desestabilizado, o que pode durar alguns meses. Em outros casos, é necessário pedir o suporte financeiro de amigos e familiares, o que torna tudo especialmente demorado — e doloroso.

3. Não ter equilíbrio emocional

Não podemos nos esquecer de que falar sobre a morte também serve como uma espécie de preparo para a situação. Não se trata de antecipar a perda e, sim, de começar a trabalhar os sentimentos sobre ela, antes mesmo que aconteça.

Quem entende a importância de conversar sobre o assunto, normalmente tem uma visão diferente sobre esse período. A partida é sempre triste e dolorosa, mas pode ser encarada com mais tranquilidade e equilíbrio.

Esse balanço é, justamente, o que falta a quem foge do tema. Diante da inevitabilidade da morte, é comum ter dificuldade para aceitar a situação e encarar a perda. Além disso, não é raro encontrar gente que sofre uma verdadeira explosão incontrolável de emoções, já que elas não foram trabalhadas antecipadamente.

4. Ter tempo reduzido para lidar com os procedimentos

Depois que alguém se vai, as pessoas que ficam encaram uma verdadeira corrida contra o tempo. Mesmo que o plano seja esperar um pouquinho até fazer o velório, ainda é necessário dar início a tudo, assim que a situação acontece.

O grande problema? Esse turbilhão de ações ocorre junto ao luto e a toda dor que envolve essa fase. Então, por um lado estamos sofrendo e, por outro, não podemos demorar a tomar as providências.

Já que não há muito a fazer para mudar isso, pelo menos o preparo ajuda a aliviar tal aspecto. Afinal, é possível estar relativamente precavido, ter mais organização e saber o que deve ser feito (e em qual ordem). Dessa maneira, é possível fugir das garras do relógio e, ainda assim, dar conta de tudo.

5. Não ter o apoio necessário

Não existe um processo natural ou padronizado para o luto. Cada pessoa encara a situação de uma forma. Algumas se fecham, outras preferem falar e chorar. De qualquer modo, compartilhar o sofrimento é um jeito de torná-lo mais leve, como se dividíssemos uma carga para carregá-la, tornando-a menos pesada.

O problema é que isso só ocorre quando existe diálogo e uma conexão verdadeira. Quando uma família afasta a morte enquanto assunto, há maiores dificuldades para se unir quando ela acontece. Afinal, ninguém sabe direito como agir, o que falar ou mesmo como se sentir.

Em vez de tornar os laços mais fortes e próximos, o silêncio afasta e faz com que muita gente se sinta sem apoio. Em um momento tão delicado, poder contar com quem se ama faz a diferença.

6. Ter dificuldade para retornar à rotina

Perder quem amamos não é simples, mas é preciso seguir em nossos caminhos. O problema é que quando a morte se torna um tabu, é difícil encará-la da forma certa. Enxergá-la como um sinal de “nunca mais” e como algo a ser evitado dificulta muito a tarefa de superar a situação do jeito certo.

Inclusive, a falta de diálogo costuma se estender mesmo após a perda. Afinal, uma família que não falava sobre a morte antes tende a permanecer em silêncio sobre isso depois que ela acontece. Isso significa não relembrar a pessoa querida, os momentos bons e os sentimentos — o que causa dor e angústia.

Além de tudo, há a questão financeira. Por causa da falta de preparo, os impactos podem se prolongar por diversos meses. Com isso, fica ainda mais difícil retomar o ritmo da rotina, o que não é bom para ninguém.

Entenda 6 benefícios de lidar com esse assunto de forma natural

Como dissemos, quem nunca conversa sobre a morte encara situações que não são nada agradáveis. A boa notícia é que o contrário também é verdadeiro: tratar essa questão com mais naturalidade gera alguns benefícios — mesmo em um momento de tanta dor.

Quando existe uma troca verdadeira sobre o tema, ao longo do tempo, as vantagens compensam o possível desconforto de começar a falar sobre isso. Por isso, veja a seguir 6 aspectos positivos de mudar a forma como você trata esse assunto!

1. Evitar dores de cabeça

Ninguém deseja perder uma pessoa querida e, no meio de turbilhão de sentimentos, ainda ter que resolver um problema ou lidar com um imprevisto, não é? Mas saiba que é o que costuma acontecer quando não há um bom planejamento. Pode rolar uma dificuldade extra na hora de tirar um documento, de marcar a cerimônia do velório ou mesmo de escolher a funerária.

Conversar sobre isso, por outro lado, ajuda a criar um plano de ação. Ou seja, todos na família sabem, antecipadamente, o que devem fazer, o que é importante e em qual ordem agir.

Isso evita muitos erros, dúvidas e dificuldades — e, portanto, garante tranquilidade. Trata-se de uma forma de tornar esse momento menos complicado de encarar, já que diminui os riscos de surgirem imprevistos.

Tudo que você precisa saber sobre cremação!

2. Melhorar o planejamento para encarar o inevitável

Outro ponto importante tem a ver com a capacidade de se preparar para o que certamente vai ocorrer, cedo ou tarde. É difícil dizer que podemos ficar prontos para perder quem amamos, mas podemos nos planejar quanto ao que fazer quando isso se concretizar.

Apesar de não ser possível mandar nos sentimentos ou controlá-los antecipadamente, você pode entender o que vai acontecer a cada período após a perda. Isso traz um senso de organização, mesmo diante do caos da situação.

Inclusive, esse planejamento tem a ver com a questão financeira. Somente ao conversar com antecedência há como preparar o orçamento, em vez de adiar o que, na verdade, é inevitável. Dessa forma, toda a família sente que tem uma base na qual se apoiar, sem ter o sofrimento extra causado pelas dúvidas e pelas dificuldades.

3. Ter a possibilidade de estar próximo às pessoas queridas

Como dissemos, o momento da perda é muito delicado e exige, entre outras coisas, união, solidariedade e proximidade. Poder estar perto de quem sente a mesma dor, que compartilha lembranças e que sabe pelo que você está passando ajuda na superação da situação.

O problema é que, sem preparo, é quase impossível ficar junto à família. Com dezenas de decisões e tantos processos para resolver, o contato mais importante nessa etapa acaba sendo perdido.

Conversar sobre o assunto permite que todo mundo se antecipe e deixe as coisas relativamente prontas. Assim, sobra mais tempo para dar e receber apoio nesse momento.

4. Viver o luto de maneira mais tranquila

Não precisamos dizer que o luto não é simples e, muito menos, indolor. É uma fase com emoções conflitantes e que carrega, principalmente, a dor da perda de quem amamos. No entanto, como falamos, é um processo essencial. É como dizem: não há atalhos, e o único jeito de superar o luto é passando por ele.

No entanto, isso não significa que o período precisa ser conturbado ou mais complicado do que já é. Com preparação para esse cenário, dá para encarar a situação com tranquilidade, dentro do possível.

Você poderá se cercar das pessoas que ama e passar por esse momento e todas as suas etapas da melhor maneira. Assim, a experiência é menos traumática e causa um impacto negativo menor.

5. Melhorar os relacionamentos

Muitas vezes, vivemos com a certeza sobre o futuro. É comum acharmos que sempre haverá o amanhã para ter aquela conversa, viver aquele momento especial ou perdoar quem amamos. O problema é que a vida e a morte são imprevisíveis e nem sempre há o depois.

Quem fala sobre a partida com frequência e de maneira natural reconhece isso com mais facilidade e consegue lidar com a questão. Acredite: falar sobre a perda pode, na verdade, melhorar os relacionamentos em vida. Se sabemos que todos temos um “prazo de validade” que não conhecemos, deixamos de adiar tudo para um futuro que pode não chegar.

Mesmo que no começo o assunto pareça mórbido ou fora do contexto, ele ajuda a trazer perspectiva para os relacionamentos e fazer com que todo mundo consiga valorizar a presença do outro.

6. Proteger quem você ama

Sabia que mesmo quem nos deixa está envolvido com os benefícios de falar sobre esse tema? O motivo é bem simples: há a certeza de que as pessoas que amamos estarão protegidas, amparadas e seguras mesmo diante da nossa ausência.

Vamos entender melhor. Imagine que uma família tem um diálogo natural sobre a morte, as despedidas e o luto. Não é fácil, mas é necessário. Por causa desse canal de comunicação, há uma prevenção concreta para deixar tudo pronto, quando o inevitável acontecer.

Assim, na hora em que alguém precisar partir, o restante da família terá o apoio necessário nessa hora. É ou não é uma forma de viver mais feliz e tranquilo, sabendo que você vai proteger quem ama em todos os momentos?

Saiba como o Plano Familiar Primaveras pode ajudar

Além de conversar sobre a morte e as suas consequências, é importante definir algumas questões que serão indispensáveis após a partida. Como falamos, estabelecer um bom planejamento é um ato de amor. Quando você se preocupa com isso, assume a responsabilidade para que as pessoas queridas não sofram ainda mais em um momento delicado.

Uma das maiores provas de tanto carinho e cuidado é, justamente, contratar um plano funerário familiar. Graças a ele, você e sua família terão toda a cobertura e o auxílio no caso de qualquer eventualidade.

O Primaveras sabe disso e, há mais de 50 anos, oferece suporte quando as pessoas mais precisam. Com o plano familiar, é possível aproveitar diversas vantagens que fazem a diferença em um momento como esse. A seguir, vamos mostrar quais são os maiores benefícios.

Profissionais treinados pela psicologia do luto

Ter a tranquilidade de saber que profissionais capacitados estão lidando com a situação não tem preço, certo? Com o Plano Familiar Primaveras, é exatamente essa certeza que você tem durante a perda.

Todo o time está preparado para lidar com as diversas situações e fases desse período, que se torna mais fácil de encarar graças a esse suporte. Além disso, os profissionais são capacitados com técnicas ligadas à terapia do luto.

No Primaveras, você e seus entes queridos terão o acolhimento e a sensibilidade, que são tão importantes em uma hora como essa.

Acompanhamento completo em todas as etapas

Além de tudo, o plano familiar traz suporte para todos os momentos; desde logo após a perda até depois da realização da cerimônia e das despedidas finais. Logo no começo, você receberá o apoio necessário para emitir a documentação referente ao óbito.

Se for preciso, contará com a ajuda para o traslado da pessoa querida para a funerária. A opção do Primaveras também é repleta de qualidade e garante que quem se foi esteja nas melhores condições para receber o adeus.

Tudo isso é importante para não ter que se preocupar com etapas que, na verdade, só trazem burocracia e dúvidas. Deixe nas mãos de quem tem experiência no tema e tenha mais tempo com a família.

Cerimônias e homenagens personalizadas

A contratação do Plano Familiar Primaveras também é relevante porque permite que você tenha a chance de realizar cerimônias e homenagens personalizadas. O velório, por exemplo, é uma parte crucial do luto. Ela faz com que as pessoas mais importantes da vida de quem se foi se reúnam e aceitem o processo da morte.

Toda a cerimônia de despedida é organizada de maneira profissional e tem as melhores qualidades. Será possível contar com muito conforto, estímulo certo aos sentidos e uma experiência carinhosa e pessoal.

As homenagens também são personalizadas e permitem demonstrar o carinho para quem já se foi.

Poder de escolha para as pessoas queridas

Não é nada interessante quando temos que tomar mais de 80 decisões em um momento de fragilidade, certo? Porém, é importante que possamos escolher algumas etapas e características após a morte de quem amamos. É o caso de decidir pelo sepultamento ou pela cremação. No Primaveras, você tem acesso a tudo isso.

O plano familiar permite escolher pelo sepultamento em um jazigo em um de nossos cemitérios-parques, por exemplo. Também oferecemos lápides exclusivas e com todo o cuidado que alguém especial merece.

Se preferir, há a disponibilidade de realizar a cremação. Há diferentes modelos de urnas, a chance de sepultar as cinzas ou mesmo de guardá-las em nosso ambiente especial. Com a oportunidade de escolher o que realmente importa, dá para tornar tudo especial e de acordo com os desejos de quem se ama.

Conforto e qualidade em um momento tão delicado

Após contratar o Plano Familiar Primaveras, a família fica segura e amparada. Após o falecimento, um agente de apoio acompanhará a todos de forma completa, desde o primeiro momento. Com atuação extremamente profissional, será possível aproveitar um alto nível de qualidade no atendimento.

As instalações e as estruturas do Primaveras também são reforçadas. Há diversas salas para a realização de cerimônias; personalização e preocupação com todos os sentidos. Mesmo que seja um período de tristeza e saudade, essa fase se torna mais confortável.

Poder contar com um time experiente, que oferece todo o suporte a pessoas enlutadas (inclusive grupo de apoio), muda a perspectiva da situação. Assim, tal momento delicado terá um novo significado e será possível evitar todo tipo de desconforto ou de imprevisto.

Falar sobre a morte não deveria ser um tabu, já que se trata de algo que faz parte da existência humana. Se esse assunto não faz parte da rotina da sua família, considere reverter esse caso para aproveitar os benefícios que surgem ao lidar com o tema de maneira natural.

Já que ter apoio profissional faz a diferença, entre em contato conosco e veja como podemos ajudar você desde agora!

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